ATA DA OCTOGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 18-10-2006.
Aos dezoito dias do mês de outubro do ano de dois
mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Ervino
Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro e Raul Carrion. Constatada a
existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda,
durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni,
Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, Jorge Sodré, Manuela
d'Ávila, Margarete Moraes, Mario Fraga, Mônica Leal, Mauro Pinheiro, Paulo
Odone, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo
Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Providência nos 1846, 1847, 1848,
1849 e 1850/06 (Processos nos 4979, 4981, 4984, 4987 e 4989/06,
respectivamente) e os Pedidos de Informação nos 226, 227, 228 e
229/06 (Processos nos 4980, 4982, 4983 e 4985/06, respectivamente);
pelo Vereador Carlos Todeschini, os Pedidos de Providência nos 1845
e 1851/06 (Processos nos 4978 e 4992/06, respectivamente); pelo
Vereador Cassiá Carpes, os Pedidos de Providência nos 1852, 1853 e
1858/06 (Processos nos 4994, 4996 e 5020/06, respectivamente); pelo
Vereador Ervino Besson, o Pedido de Providência nº 1857/06 (Processo nº
5019/06); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providência nos
1854 e 1855/06 (Processos nos 4998 e 4999/06, respectivamente) e a
Indicação n° 050/06 (Processo n° 4995/06); pelo Vereador Luiz Braz, o
Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo n° 015/06
(Processo nº 3677/06); pela Vereadora Maria Celeste, o Pedido de Providência nº
1856/06 (Processo nº 5008/06) e o Pedido de Informação nº 230/06 (Processo nº
5006/06); pelos Vereadores Raul Carrion e Manuela d’Ávila, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 209/06 (Processo nº 4773/06). Também, foi apregoado o Ofício nº
959/06, de autoria do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o
Projeto de Lei do Executivo n° 047/06 (Processo nº 4974/06). Ainda, foi
apregoado o Memorando nº 212/06, firmado pelo Vereador Dr. Goulart, Presidente
da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa
que o Vereador Professor Garcia se encontra representando externamente este
Legislativo no X Encontro Metropolitano dos Construtores da Paz, no dia de
hoje, a partir das quatorze horas, na Escola de Educação Básica Rainha do
Brasil, neste Município. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 900,
901, 902, 903, 904, 909 e 910/06, de autoria do Senhor Prefeito Municipal de
Porto Alegre. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1a
Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/06, discutido pelos
Vereadores João Antonio Dib e João Carlos Nedel; em 2a Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 207 e 203/06, este discutido pelo
Vereador João Carlos Nedel, os Projetos de Lei do Executivo nos 043/06,
discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Claudio Sebenelo e pela Vereadora Clênia
Maranhão, e 044/06, discutido pelo Vereador João Antonio Dib; em 3a
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 072/05, discutido pelo
Vereador João Antonio Dib, e 193/06, discutido pelos Vereadores João Antonio
Dib e José Ismael Heinen. Na ocasião, constatada a existência de quórum deliberativo,
foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Ibsen Pinheiro, solicitando
Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia de hoje, tendo o Senhor
Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Jorge Sodré, informando
que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e Justiça. Ainda, foram
apregoadas Declarações firmadas pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, Líder da
Bancada do PMDB, informando o impedimento dos Suplentes Gustavo Bierhals e
Fabrício Klein em assumirem a vereança no dia de hoje, em substituição ao Vereador
Ibsen Pinheiro. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria da Vereadora
Maria Celeste, solicitando Licença para Tratamento de Saúde hoje e amanhã,
tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Mauro
Pinheiro, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Defesa do
Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana. Ainda, foram apregoadas
Declarações firmadas pela Vereadora Sofia Cavedon, Líder da Bancada do PT,
informando o impedimento dos Suplentes Marcelo Danéris, Guilherme Barbosa e
Gerson Almeida em assumirem a vereança hoje e amanhã, em substituição à
Vereadora Maria Celeste. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Sofia Cavedon
contestou o enfoque dado pela imprensa para os casos de corrupção e desvio
ilícito de verbas públicas, alegando que os grandes conglomerados jornalísticos
apresentam os fatos de forma desproporcional. Nesse sentido, justificou não ter
sido dado destaque a irregularidades ocorridas no Governo do Estado de Santa
Catarina, defendendo reformas relativas aos meios de comunicação, que corrijam
distorções na imprensa. O Vereador José Ismael Heinen discorreu acerca de
denúncias de envolvimento do Governo Federal em casos de corrupção e criticou a
concessão de indenização e pensão aos anistiados políticos, alegando que
recursos destinados a esse fim poderiam ser investidos em políticas sociais.
Nesse sentido, formulou questionamentos sobre a origem de dinheiro apreendidos
pela Polícia Federal e asseverou que a reeleição do Senhor Luiz Inácio Lula da
Silva poderia causar uma crise institucional no Brasil. O Vereador Bernardino
Vendruscolo aludiu aos trabalhos da Comissão Especial constituída na Casa para
averiguar a prestação dos serviços de telefonia móvel em Porto Alegre. Sobre o
assunto, registrou que o relatório final dessa Comissão comprova dificuldades
enfrentadas pelos usuários desses serviços, em especial o desconhecimento dos
seus direitos como consumidor e no referente à forma e aos locais adequados
para encaminhamento de reclamações. Após, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal formulado pela Vereadora
Sofia Cavedon, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante
na Ordem do Dia. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador
Ibsen Pinheiro, solicitando que seja considerado sem efeito o Requerimento de
autoria de Sua Excelência, aprovado neste Plenário, que solicitava a votação da
Redação Final do Projeto de Resolução nº 064/06 (Processo nº 1659/06). Em
prosseguimento, foi aprovado Requerimento verbal formulado pela Vereadora Clênia
Maranhão, adendado pelo Vereador João Antonio Dib, solicitando alteração na
ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, de acordo com o definido
em reunião realizada entre a Mesa Diretora e o Colégio de Líderes no dia dezesseis
de outubro do corrente. Após, foram votados conjuntamente e aprovados, em
Discussão Geral e Votação, os Projetos de Lei do Executivo nos 014 e
004/06, este com ressalva da Emenda a ele aposta, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 187/06 e, em Votação, o Requerimento nº 136/06, após serem
discutidos pelos Vereadores Dr. Goulart, Claudio Sebenelo, Adeli Sell, Carlos
Comassetto, Dr. Raul, Clênia Maranhão, Aldacir Oliboni, Carlos Todeschini, Elói
Guimarães, João Antonio Dib, Mario Fraga e Raul Carrion e encaminhados à votação
pelos Vereadores Ervino Besson, José Ismael Heinen, Elói Guimarães, Carlos
Comassetto, João Antonio Dib e Claudio Sebenelo. Durante a apreciação conjunta
dos Projetos de Lei do Executivo nos 014 e 004/06, do Projeto de Lei
do Legislativo nº 187/06 e do Requerimento nº 136/06, o Vereador Mauro Pinheiro
cedeu seu tempo de discussão ao Vereador Carlos Comassetto. Na ocasião, o
Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, da Vereadora Carlinda
Farina, do PTB; dos Vereadores Ernani Mario Coelho Mello e Luiz de Brito,
respectivamente, do PMDB e do PTB, da Câmara Municipal de Erechim – RS –;
e do Vereador Jurandir
Pereira, do PDT, da Câmara Municipal de Rio Grande – RS. A seguir, foi aprovada
a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 004/06. Em
continuidade, o Senhor Presidente informou que no mês de novembro do corrente
este Legislativo promoverá Audiência Pública, com o objetivo de debater o
recolhimento de lixo reciclável, feito por carroceiros e papeleiros na Cidade,
bem como proposições que tramitam nesta Casa sobre a matéria, tendo o Vereador
João Antonio Dib se manifestado e o Senhor Presidente prestado esclarecimentos
sobre o assunto. Em Votação, foi aprovado Requerimento de autoria da Vereadora
Clênia Maranhão, solicitando que o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
005/06 (Processo nº 4249/06) seja considerado em regime de urgência e submetido
à reunião conjunta de Comissões Permanentes. Em Votação, foi aprovado o Projeto
de Resolução nº 155/05, por vinte e cinco votos SIM, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Dr. Goulart, tendo votado os Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Jorge Sodré, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Margarete Moraes, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Paulo Odone, Raul Carrion e
Sofia Cavedon. Em
Discussão Geral, 3ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 130/05. Em
Discussão Geral, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº
001/06. Em Votação, esteve o Projeto de Resolução nº 132/05, com ressalva da
Emenda a ele aposta, o qual recebeu nove votos SIM, quatro votos NÃO e duas
ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Bosco Vaz, tendo
votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Haroldo de Souza, Maristela Maffei, Mauro
Pinheiro, Raul Carrion e Sofia Cavedon, Não os Vereadores Claudio Sebenelo,
Ervino Besson, João Bosco Vaz e Valdir Caetano e tendo optado pela Abstenção os
Vereadores Cassiá Carpes e José Ismael Heinen, votação esta declarada nula pelo Senhor Presidente, em face da inexistência de quórum
deliberativo. Às dezessete horas e onze minutos, constatada a
inexistência de quórum deliberativo, o Senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã,
à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Dr. Goulart,
Luiz Braz e João Antonio Dib, este nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelos Vereadores
Haroldo de Souza e Luiz Braz, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Haroldo
de Souza, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída
e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. N. 4412/06 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 023/06, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que
altera a redação do § 2º do art. 1º e do inciso I do art. 2º da Lei
Complementar nº 555, de 13 de julho de 2006, que proíbe o uso de produtos
fumígenos em recintos coletivos e em recintos de trabalho coletivo, exceto para
as áreas destinadas exclusivamente a esse fim, desde que devidamente isoladas e
com arejamento conveniente, excluindo do conceito de recinto coletivo os locais
com área de atendimento inferior a 40m² (quarenta metros quadrados) e os locais
abertos ou ao ar livre.
2ª SESSÃO
PROC. N. 4674/06 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 203/06, de autoria do Ver.
João Carlos Nedel, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Padre Miguel Ollé
Rovira.
PROC. N. 4746/06 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 207/06, de autoria da Ver.ª
Sofia Cavedon, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Professor Doutor
Jaider Batista da Silva.
PROC. N. 4784/06 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 043/06,
que autoriza a Concessão de Uso de área situada na Subunidade 02 de UEU 046,
Macrozona 1, gravada como Parque Urbano, de acordo com a Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de
1999, para implantação do Teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - OSPA.
PROC. N. 4820/06 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 044/06,
que autoriza a alienação de bem dominical localizado no quarteirão formado pela
Av. Ipiranga, Rua Manoelito de Ornellas e pelo leito projetado pelas Avenidas
Dolores Alcaraz Caldas e Edvaldo Pereira Paiva, Bairro Praia de Belas, nesta
Capital.
3ª SESSÃO
PROC. N. 1493/05 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 072/05, de autoria do Ver.
Aldacir Oliboni, que estabelece a realização de exame de catarata e
glaucoma congênitos nos recém-nascidos em maternidades e hospitais públicos ou
conveniados com o Sistema Único de Saúde no Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Substitutivo nº
01.
PROC.
N. 4448/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 193/06, de autoria do Ver. Ervino Besson, que institui, no
Município de Porto Alegre, como evento de caráter econômico, social, cultural e
turístico, a Feira do Produtor Rural, que se realizará entre os dez primeiros
dias de cada mês, no Largo Jornalista Glênio Peres, e dá outras providências. Com
Emendas nos. 01 e 02.
Em 2ª
Sessão está o Projeto relacionado ao teatro da OSPA, o teatro será implantado
aqui ao lado da Câmara Municipal, e o Ver. Carlos Comassetto, na Sessão
passada, colocou algumas dúvidas, algumas intranqüilidades que ele tem em
relação ao Projeto. Eu espero que essas dúvidas sejam esclarecidas para que o
Projeto possa tramitar com rapidez, já que, há muito tempo, se espera que a
OSPA tenha o seu teatro.
Outro
Projeto autoriza a Prefeitura a fazer a alienação de um imóvel com vantagem
para o Executivo, ou melhor, para a Cidade; não para o Executivo, que não tem
importância, o que importa é a Cidade.
O Ver.
Oliboni quer a realização de exame de catarata e glaucoma congênitos nos recém-nascidos
em maternidades e hospitais públicos ou conveniados com o Sistema Único de
Saúde. Eu não sei como é que funciona, mas ele tem dúvidas e já colocou um
Substitutivo.
O
Ver. Ervino Besson institui no Município de Porto Alegre, como evento de
caráter econômico, social, cultural e turístico, a Feira do Produtor Rural, que
se realizará entre os dez primeiros dias de cada mês no Largo Glênio Peres.
Existe uma série de leis em razão dessas feiras que pretende o Ver. Ervino
Besson, mas eu acho que o mais importante do que fazer leis a respeito do
problema é colocar em funcionamento a feira. Eu, quando Prefeito, coloquei na
frente do Edifício Guaspari, uma vez por mês, produtores trazendo diretamente
ao consumidor os produtos hortifrutigranjeiros, e havia bastante sucesso.
Então, acho que a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio pode
providenciar, já que existem outras leis tratando do mesmo assunto, e colocar
em vigor a idéia hoje apresentada pelo Ver. Ervino Besson. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre
Presidente, Ver. Dr. Goulart; o Ver. João Antonio Dib já se referiu ao Projeto
do Ver. Alceu Brasinha que altera a lei que proíbe o uso de produtos fumígenos
em recintos coletivos e em recintos de trabalho coletivo. A Lei Complementar nº
555 foi aprovada por esta Casa, mas, em função de não terem sido aprovadas
algumas Emendas, ela tem problemas de aplicação. Eu já estou elaborando um
Substitutivo ao Projeto do Ver. Alceu Brasinha e irei passar aos Vereadores
para uma análise prévia. Também estou discutindo com o Sindicato dos Hotéis,
Bares e Restaurantes, com o Secretário da Saúde, com o Secretário da Indústria
e Comércio, para ver como adequar essa lei às exigências da lei federal, que
existe desde 1996, mas, como não há nenhuma sanção, a lei não é cumprida. Não
se pode fumar desde 1996, só que não se cumpre, porque fumar em lugar fechado
não resulta em nenhuma punição. Então, a legislação local que estou fazendo
prevê as sanções que a lei federal pede.
Vejam
o que nós estamos fazendo em Porto Alegre. Depois que essa lei foi votada aqui
- claro, não ocorreu exatamente por isso -, aconteceram coisas no mundo. No
Uruguai, foi aprovada uma lei semelhante, que já está funcionando, e todo mundo
se adequou: não pode fumar em lugar fechado. Na Argentina, a proibição entrou
em vigor no dia 1º de outubro, e era um dos países em que mais se fumava em
recinto fechado; estão-se adequando, alguns estão tendo algumas dificuldades,
mas a maioria está se adequando. A revista Veja desta semana já informa que,
também, em Paris, na França - o país do turismo mundial -, em janeiro de 2007,
entra em vigor a lei proibindo o fumo em recintos fechados. É uma tendência
mundial de proteção à saúde, tanto dos fumantes como dos não-fumantes. Nós
sabemos os malefícios do cigarro, todo mundo sabe, isso é público, notório, mas
precisamos ter um compromisso com a saúde.
A
Comissão de Saúde e Meio Ambiente tem tratado da saúde do porto-alegrense, e
vimos que sempre falta verba - verba do SUS, verba do Governo do Estado, verba
do Governo Municipal -, e saúde é uma necessidade importante. Então, nós
precisamos, Ver. Dr. Raul, V. Exª que é médico, proteger a saúde do
porto-alegrense.
E,
por falar em médico, eu queria cumprimentar o Vereador-Presidente Dr. Goulart,
Ver. Sebenelo, Ver. Dr. Raul, porque hoje é o Dia do Médico. Eu queria
apresentar, em nome da Bancada do Partido Progressista, os cumprimentos para os
Vereadores que são médicos, para os médicos desta Casa e para os médicos que
cuidam da saúde dos porto-alegrenses. Parabéns! (Palmas.)
Em
2ª Sessão de Pauta, está um Projeto de minha autoria que concede o Título de
Cidadão Honorário de Porto Alegre para o Padre Miguel Ollé Rovira. O Padre
Miguel Rovira está com 94 anos, são anos de imensos serviços prestados à
comunidade, ele merece este Título de Cidadão Honorário de Porto Alegre. Então,
a Câmara Municipal de Porto Alegre vem agora homenagear esse sacerdote, que tem
mais de sessenta anos de sacerdócio em prol da solidariedade, em prol da
educação e da orientação religiosa dos nossos irmãos de fé. Parabéns, Padre
Miguel Ollé Rovira.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente desta Casa, nobres colegas Vereadores, Vereadoras, público que
nos assiste, temos em 2ª Sessão Pauta hoje - na segunda-feira já fizemos referência
- dois dos três Projetos que fiz. Eu acho sumamente importante, pela
necessidade da Cidade, termos Projetos que definam a atuação nesses dois
assuntos. Um trata de assunto cultural, histórico, e o outro trata da nossa
agricultura porto-alegrense.
Sobre
a sede da OSPA, a respeito do que nós já nos referimos, temos que fazer todo o
esforço possível para que o Projeto saia do papel, para que a OSPA tenha,
definitivamente, um local apropriado, que seja também um local turístico e
cultural de Porto Alegre, e que toda a população de Porto Alegre tenha um
acesso franqueado e liberto. Inclusive, pelo Projeto, o local é misturado ao
verde, é o local ideal. Agora, nós temos de buscar a engenharia necessária para
movermos os empecilhos decorrentes das normas e leis da nossa Cidade.
Outro
Projeto importante, de autoria do Ver. Ervino Besson, é o que quer espaço para
uma Feira do Produtor Rural, com localização no Largo Glênio Peres. Talvez não
seja apropriado o local, mas entendo o porquê, e com essa parte eu concordo, é
querer colocar a Feira do Produtor Rural onde haja público, onde haja consumo.
Mas o Largo Glênio Peres tem as suas finalidades precípuas dentro de Porto
Alegre. Talvez se pensasse numa feira permanente de exposição e venda dos
produtos rurais de Porto Alegre num local bem dimensionado, que viesse a
contribuir com o bem-estar visual da Cidade.
Sobre
os produtores rurais - e eu me identifico muito com eles, também sou filho de
pequenos agricultores -, logicamente, é muito importante que a gente dê esse
tipo de apoio a eles. Devemos, em vez de baratearmos, em vez de fazermos a
isenção de impostos, dar oportunidades para que eles possam valorizar a sua
produção, para que possam manter a sua produção. É urgente que a gente
desenvolva um projeto - teria de ser em nível estadual, mas estamos tratando de
Porto Alegre - para as nossas pequenas empresas rurais, que já são um tanto
quanto turísticas também, como uma empresa social, dando a elas todo o carinho,
para que haja a manutenção desse cinturão verde, desse emprego de mão-de-obra
especializada, fornecendo à cidade de Porto Alegre um produto condizente,
saudável, novo, pois se colhe e se consome. Isso é muito importante.
Sobre
essa empresa social para todo agricultor, acho que uma das medidas é ele ter acesso
ao financiamento para a produção, sem ônus, para não jogar num empréstimo
necessário o bem único que esse agricultor tem - coisa usual no Rio Grande do
Sul -, com a penhora da sua própria empresa, do seu próprio capital. Esse
produtor não pode colocar todo o seu capital à mercê de uma seca, à mercê de
uma intempérie e, com isso, perder tudo, num trabalho social, num trabalho de
fomento, no combate à falta de alimentos, principalmente alimentos saudáveis.
Essa medida vem colaborar de maneira sucinta, porque, fortalecendo o nosso
produtor, logicamente o seu sucesso vai reverter em beneficio da população, em
benefício de emprego e, principalmente, em benefício da arrecadação do
Município.
Então,
eu quero dar os parabéns à preocupação dos produtores de Porto Alegre e ao
nobre Ver. Ervino Besson. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, volto a esta tribuna com o mesmo pedido que fiz
em relação à Pauta anterior. No segundo dia de Pauta, apelamos a todos os
Vereadores desta Casa para que aprovem o pedido do Executivo de localização do
teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Maestro Pablo Komlós, aqui, ao
lado da nossa Câmara Municipal. Nós teríamos, Sr. Presidente, inclusive, um
instrumento importante deste parque, um equipamento do parque, para dar a Porto
Alegre, já que foi muito rejeitada essa idéia em cinco lugares diferentes: Av.
Independência, no Shopping Total; nas localizações próximas ao Estaleiro Só; ou
duas localizações aqui dentro do Parque da Harmonia, Parque Maurício Sirotsky.
Nós, então, apelamos aos Vereadores que aprovem, no sentido de que não há um
outro lugar na Cidade mais adequado, mais central, para usufruto de toda a
população, para a democratização da música, especialmente da Orquestra
Sinfônica.
Evidentemente,
a música erudita será muito mais usada, mais difundida, e nós conferiríamos
essa democratização, a permanente participação, com acesso fácil, inclusive de
transporte, Sr. Presidente. É uma zona que pode trazer para cá todas as nossas
vilas; todas as partes da Cidade podem chegar aqui e ter acesso a uma educação,
a um refinamento, ao bom gosto de uma Orquestra Sinfônica como a de Porto
Alegre.
Mais
do que isso, nós gostaríamos de dizer que a aprovação desta Câmara deverá se
dar com o máximo de presteza possível, principalmente porque a construção
depende de verbas, e as verbas deverão ser liberadas ainda neste ocaso do ano
2006. Por isso queríamos encaminhar um Requerimento à Presidência da Casa no
sentido de hoje ainda fazermos uma Sessão Extraordinária para que esta Pauta
corra mais uma vez. Amanhã, na quinta- feira, já poderíamos aprovar, em votação,
em caráter excepcional, este pedido do Executivo, Sr. Presidente. Além de a
Orquestra Sinfônica ter um papel educativo, um papel cultural, um papel social
importantíssimo, com a democratização da música erudita, nós teremos aqui um
prédio em condições arquitetônicas, com o equipamento do parque e
principalmente com acesso fácil da população, Verª Sofia Cavedon.
Seria
uma contribuição da Bancada do Partido dos Trabalhadores se pudéssemos aprovar
o mais breve possível o Projeto, porque essa construção depende de verbas, e
essas verbas deverão ser liberadas ainda neste semestre, ainda no ocaso de
2006, por isso o Requerimento. Eu peço que a Bancada do Partido dos
Trabalhadores nos ajude na aprovação de uma Sessão Extraordinária para correr
Pauta, assim, amanhã, poderemos votar um assunto de tamanha importância, de
tamanha envergadura e, principalmente, de tamanha complexidade, quando os
órgãos do meio ambiente se colocaram contra todas as localizações propostas até
agora.
Esperamos
que esta seja, também, não só uma jóia que é doada, incrustada nesse parque,
mas que toda a população de Porto Alegre tenha acesso através de um transporte
fácil, de um estacionamento adequado e de uma nova arquitetura, um novo desenho
desta ponta da Cidade, próxima ao nosso rio, ao nosso pôr-do-sol e a tudo que
nós temos de carinho por esta Cidade, inclusive a afeição de um povo que há
muito merece uma casa para a sua Orquestra Sinfônica.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado, Vereador.
O Ver. Ibsen
Pinheiro solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares.
(Obs.: Foi
aprovado o Requerimento de Licença do Ver. Ibsen Pinheiro e dada posse ao
Suplente, conforme consta na Ata.)
A Verª Clênia
Maranhão está com a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, são vários os Projetos neste período de discussão preliminar de
Pauta, porém eu quero me referir apenas a um Projeto que está em discussão. O
Projeto de autoria do Executivo - que chegou a esta Casa, já está em 2ª
discussão - refere-se ao pedido de autorização para o uso de uma área próxima à
Câmara Municipal de Porto Alegre. A solicitação é no sentido de concessão desse
terreno para uma das mais importantes instituições culturais da nossa Cidade, a
OSPA.
Todos nós sabemos do
impacto positivo da Orquestra na vida cultural da nossa Cidade, reconhecemos o
privilégio de termos aqui essa segunda mais antiga instituição, a Orquestra
Sinfônica de Porto Alegre; desde o ano de 1950, Porto Alegre tem a sua
Orquestra Sinfônica. Temos, nos últimos anos, já nas gestões anteriores da
Prefeitura e na atual gestão, acompanhado uma série de debates e sugestões que
chegaram para a definição da sede da OSPA. No ano passado, inclusive,
acompanhamos audiências públicas em que se discutia a instalação da OSPA num
terreno próximo ao Shopping Total; aquela região tinha dificuldades de
acessibilidade, exatamente por isso havia um questionamento da comunidade
local, o que fez com que se buscassem, nos últimos meses, outras localizações,
outros terrenos adaptados à implementação da sede da OSPA.
Quero dizer às Sras. Vereadoras e aos Srs.
Vereadores que este Projeto permite um Termo de Cooperação, sendo que a
disponibilização do espaço de apoio - tais como acesso às vagas para cargas e
descargas, estacionamentos - será estabelecido em um contrato firmado entre o
Município e a Fundação Pablo Komlós. Eu acho importante também lembrarmos que
no Projeto há um artigo que diz que fica facultado ao Poder Executivo revogar o
presente instrumento se no prazo de três anos não tiver concluído o Projeto em
Pauta. Eu acho ainda importante analisarmos que o Projeto estabelece claramente
uma série de contrapartidas em relação à OSPA. No seu art. 3º, o Projeto diz
(Lê.): “A implantação do Teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre deve
ter, ainda, como contrapartidas: [e seguem cinco exigências de contrapartida] I
- promoção da qualidade de vida e do meio-ambiente da área urbana; II -
estimular o acesso gratuito da população para eventos de música erudita,
contribuindo para a redução da exclusão social.” O Projeto exige ainda como
contrapartida da OSPA: “III - integração de ações públicas e privadas, mediante
programas e projetos de atuação da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, a OSPA;
IV - adequação arquitetônica do Teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre,
a OSPA, com a paisagem, integrando-o com o meio-ambiente a fim de promover a
qualificação paisagística e cultural da Cidade; [e, por último, Sr. Presidente]
V - o Projeto deverá atender o conceito de sustentabilidade ambiental”.
Eu queria, por último, dizer aos Srs. Vereadores e
às Sras Vereadoras que, para as ações de captação de recursos da
Fundação OSPA, é preciso que haja aprovação deste Projeto pela nossa Câmara. Motivo
pelo qual, Sr. Presidente, estou sugerindo à Comissão de Habitação e Urbanismo
desta Casa que faça imediatamente uma reunião, convidando o conjunto de
Vereadores, a fim de promovermos um debate, tirando todas as dúvidas. Sugiro a
visitação do terreno, para, in loco, levantarmos o conjunto de dúvidas
das Vereadoras e dos Vereadores, a fim de podermos, de posse de todas as
informações, acelerar a votação deste Projeto, que, tenho certeza, será
aprovado pela unanimidade desta Casa.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
A Verª Maria Celeste solicita Licença para
Tratamento de Saúde no período de 18 a 19 de outubro de 2006.
(Obs.: Foi apregoado o Requerimento de Licença da
Verª Maria Celeste e dada posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)
A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, faço aqui o
registro, em nome da minha Bancada, de uma manifestação feita pelo Deputado
Raul Pont na Assembléia, com números que, para nós, são muito significativos -
contundentes, na verdade - a respeito dos resultados eleitorais neste País -
não diria dos resultados, porque ainda estamos em processo eleitoral, eu diria das
influências no voto do nosso País.
Já
há muito tempo fazemos um debate da propriedade da mídia, sobre a concentração
em poucas e grandes poderosas famílias, na maior parte, dos meios de
comunicação. E nessa campanha, nessa eleição há estudos demonstrando que dois
pesos e duas medidas foram utilizados pela imprensa, de uma forma completamente
desproporcional, na avaliação e na publicização de atos, de denúncias sobre os
candidatos à Presidência da República neste País.
Recentemente, uma denúncia
das mais contundentes e significativas foi em relação ao Estado de Santa
Catarina, sobre operações muito graves, de mudanças, de benefícios fiscais
concedidos não através de lei - Ver. João Antonio Dib, que me ouve com atenção
-, mas por resoluções apenas, através de um programa de modernização. E houve a
descoberta de que o homem de confiança do Secretário do Governador, qual seja,
o Consultor-Geral da Secretaria da Fazenda, detinha na sua casa mais de dois
milhões, sem origem determinada; já havia várias denúncias e indicações de que
esse recurso provinha de propinas, para beneficiar empresas através da redução
de tributos; redução essa que não passou por lei.
Ora, um escândalo desses,
envolvendo PMDB e PSDB, não mereceu atenção das páginas dos jornais do nosso País.
Na verdade, o escândalo foi noticiado em pequenos jornais locais. Em
contrapartida, a compra do dossiê - dossiê esse que demonstra que 70% das
ambulâncias foram compradas na gestão anterior à de Lula, ou seja, quando o
José Serra era Ministro da Saúde - tem merecido páginas, e páginas, e páginas
dos jornais deste País, com mapas, com esquemas, com gráficos, com
especulações, com fotos, com uma superexposição do Partido dos Trabalhadores e
de pessoas do Partido dos Trabalhadores.
Dados ou contagens objetivas
das matérias dedicadas aos dois candidatos, Lula e Alckmin, demonstram que
apenas 20% das matérias referentes ao Presidente Lula, em cinco jornais
importantes do País, eram positivas, sendo que, no mesmo período, Alckmin
recebeu 42% de reportagens positivas. Ou seja, o Presidente Lula recebeu 1.500%
a mais de referências negativas da grande imprensa, e, mesmo assim, estão hoje
nos jornais as pesquisas demonstrando um crescimento da sua candidatura, do seu
projeto, aprovado pelo País e que ele será reeleito. Se quisermos uma
democracia real, substantiva, junto com a Reforma Política, nós temos de fazer
uma reforma da comunicação neste País; uma democratização da comunicação neste
País; uma valorização, um respeito, uma autorização da comunicação comunitária
das rádios; uma democratização do domínio da imprensa neste País.
Mas, mesmo assim,
consolida-se, demonstra-se no Brasil um projeto acertado, de desenvolvimento
com inclusão e com soberania, que é o projeto que Olívio Dutra também
representa e que tem demonstrado nos debates, diferenciando-o dos demais
Governos - anteriores e posteriores ao seu -, e que produziu crescimento neste
Estado, crescimento com inclusão, não apenas ajuste fiscal com exclusão, como o
apresentado nos demais projetos já comprovados na sua prática e anunciados
claramente pelos que se propõem a governar este Estado em oposição a Olívio
Dutra.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo.
Sr. Presidente, nobres colegas, estamos vivendo no Brasil, nos dias de hoje,
talvez um dos momentos mais sérios desde a sua inclusão republicana
democrática. Eu fico realmente estarrecido, preocupado com tudo o que está
acontecendo neste meu Brasil. Vive-se, com certeza, uma das eras... Não apenas
me preocupo, mas me indigno, fico triste, fico revoltado com as dicotomias
políticas, com as inversões de valores, e tudo, lembro-me bem, começou neste
Governo com Valdomiro Diniz, que foi pego num flagrante buscando propina dos
donos dos bingos. E o que aconteceu? Prenderam o Valdomiro Diniz? Não! Fecharam
os bingos. E o que me estarrece sobre os bingos, Sr. Presidente, é que agora o
PT vem aqui querendo “tirar o bode da sala” com um Projeto para liberar os
bingos! Nada contra, mas um Vereador do Partido dos Trabalhadores, cujo
Presidente, em vez de prender o ladrão, fechou os bingos!? Pois é fácil: diga
ao Presidente da República reeditar uma Medida Provisória para abrir os bingos.
Mas
não é só isso, Sr. Presidente. Revolta-me, revolta-me, eu não posso me calar,
eu já falei na segunda-feira: enquanto os nossos aposentados são cobrados, há
mais taxas contra os seus direitos adquiridos; enquanto nós temos programas
sociais necessários neste País, enquanto temos milhões e milhões de
trabalhadores sem casa, nós temos os anistiados políticos. Nada contra a
anistia, que foi construída, que foi aceita, mas um Projeto que tem seu vício
de origem, feito em proveito próprio, onerando a nossa sociedade, e tendo como
seu grande mentor e beneficiado o próprio Sr. Presidente da República, que já
tem duas aposentadorias vitalícias - uma pelo Sindicato, pelo seu acidente, e a
outra também -, buscando essa locupletação com o dinheiro público, com o
dinheiro do trabalhador, com o imposto da nacionalidade! São seis mil reais
ganhos por mês de forma vitalícia! Inclusive ele entrou com recurso, que ganhou
há pouco tempo; o Sr. Presidente ganhava dois ou três mil reais e agora passou
a ganhar seis mil por mês até o final da vida, num flagrante desrespeito à
honra, à solidariedade do povo brasileiro.
Enquanto
se tiram dos aposentados, que trabalharam, que contribuíram a vida toda para
ter direito à sua aposentadoria, nós estamos dando milhões aos “amigos do rei”,
a um pequeno grupo de privilegiados deste País. E vêm me falar que são os
defensores dos pobres! E o pior é que o Presidente da República é um deles! Eu
não vou me calar, Sr. Presidente, porque acho que é um Projeto com vício de
origem privilegiando uma casta. Se eu tivesse direito, com certeza, eu não o
buscaria na Justiça.
E, vendo
as pesquisas, eu vejo um grande problema, Ver. João Dib, que vai acontecer
neste País: vai-se criar uma grande crise institucional, porque o Sr. Presidente
da República sabe de onde veio o dinheiro, ele sabe, é só perguntar para ele! É
só a Polícia Federal perguntar para o Presidente!
(Aparte
anti-regimental do Ver. Carlos Todeschini.)
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Eu não quero dar golpe! Eu quero que o Presidente da República seja um cidadão
honrado deste País, honrado, honrado, que ele devolva todas essas
aposentadorias. Sr. Presidente, a indignação é tanta, ele terá que explicar;
ele sabe de onde vem, só terá que dizer. Ou se pergunta para o Freud, que ele
vai tentar explicar! Se ele não quiser dizer de onde veio o dinheiro, não
precisa, mas ele usou esse dinheiro politicamente, confrontando a lei nacional.
Será gerada uma crise institucional se o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva ganhar a
reeleição, mas acredito que não vai ganhar, pois o brasileiro é consciente e
quer um Presidente que não esteja envolvido em supostas e graves acusações.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, na
semana que passou, nós, depois de noventa dias de trabalho, concluímos o
trabalho proposto pela Comissão Especial que tratou da telefonia móvel no
Município de Porto Alegre. Eu não poderia deixar de aproveitar a oportunidade
para agradecer especialmente aos Vereadores desta Casa que fizeram parte da
Comissão, a começar pela Verª Margarete Moraes, a Vice-Presidente; o Ver. Adeli
Sell, Relator; e os Vereadores Aldacir Oliboni, Cassiá Carpes, Ervino Besson,
João Carlos Nedel, Mario Fraga, Raul Carrion e a Verª Maristela Meneghetti.
Depois
de visitarmos o Procon, os Juizados Especiais Cíveis, a Anatel; depois de
fazermos um encontro e uma audiência pública com as empresas prestadoras de
serviço e com os consumidores que se propuseram a participar; depois de outros
tantos encontros, aprovamos o Relatório proposto pelo Ver. Adeli Sell. O Relatório veio
demonstrar aquilo que nós, lá no início, já estávamos prevendo: o verdadeiro
desrespeito das empresas prestadoras de serviços com os consumidores,
especialmente com aqueles que têm telefones celulares. Nós, evidentemente,
vamos encaminhá-lo ao Ministério Público e, posteriormente, ou
concomitantemente, iremos até o Sr. Prefeito José Fogaça, porque a Comissão
entendeu que o Sr. Perfeito deve instalar no Procon Municipal, o mais urgente
possível, um departamento especial para tratar somente da telefonia móvel, tamanha
é a complexidade e as dificuldades que as pessoas têm ao buscarem os seus
direitos.
Conseguimos mostrar que o problema maior está na
cobrança de valores indevidos, e, na seqüência, vêm as dificuldades que as
pessoas encontram para fazer as suas reclamações, para fazer contato com as
prestadoras de serviços. Lamentavelmente, quase todos os encaminhamentos são
feitos através de telefone, expondo os que buscam os seus direitos a um
verdadeiro martírio, a uma humilhação, isso sem contar os que não têm condições
de buscar os seus direitos através de telefone, que não têm onde reclamar. Por
que digo que não têm onde reclamar? Porque poucos sabem que a Anatel, que é a
empresa reguladora do serviço de telefonia móvel, tem condições de resolver
mais rapidamente não só os litígios, mas de atuar na defesa dos direitos
daqueles que estão reivindicando. A população, de um modo geral, não sabe que a
Anatel está localizada ali na Av. Princesa Isabel e que tem um departamento com
um quadro de profissionais especializados para atender o público, inclusive sem
fechar ao meio-dia.
Dessa
forma nós estamos, inclusive, dando uma ênfase maior, divulgando a empresa
Anatel, a agência reguladora. Essa agência dispõe de um departamento, uma sala
com profissionais que aguardam as pessoas que têm problemas com a telefonia
móvel e com a telefonia fixa também, ali os consumidores resolvem com mais
urgência, sem querer desmerecer, evidentemente, o trabalho que vem fazendo os
Juizados Especiais Cíveis e o Procon Estadual. Com isso eu gostaria de dizer
que a Anatel age, ela está localizada ali na Av. Princesa Isabel e tem um
departamento especializado para dar esse atendimento rápido.
Independente
disso, nós também estamos pleiteando junto ao Sr. Prefeito uma reivindicação
antiga da sociedade de Porto Alegre, Sr. Presidente, em relação ao Procon
Municipal: que dentro do Procon Municipal se crie um grupo especializado para
resolver o problema da telefonia, porque é um verdadeiro abuso aquilo que as
operadoras fazem com aqueles que têm dificuldade de resolver os seus problemas
com a telefonia.
Especialmente,
então, Sr. Presidente, mais uma vez, quero agradecer a esse grupo de Vereadores
que se dispôs a trabalhar na Comissão no momento mais difícil, que foi o
momento da campanha eleitoral, quando alguns eram candidatos e os demais
estavam envolvidos na campanha com os seus Partidos. Quero agradecer esta Casa
por ter aprovado a criação dessa Comissão. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Solicito abertura do
painel eletrônico, para verificação de quórum. (Pausa.)
Havendo quórum, passamos à
A
SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr.
Presidente, em acordo com as Lideranças, eu já havia levado este tema para a
Mesa e as Lideranças... Nós temos necessidade de votarmos um Requerimento sem
respeitar as 48 horas, por acordo geral, em função de garantirmos um Prêmio que
já foi votado por esta Casa à nossa cientista, Drª Ana Beatriz Gorini da Veiga.
O Prêmio já está votado; devemos votar o Requerimento do Ver. Ibsen Pinheiro
que solicita a retirada da necessidade de votação da Redação Final por este
Plenário, senão estaremos prejudicando a entrega do Prêmio, que será feita
segunda-feira na UFRGS. Então, eu solicitaria, Sr. Presidente, que votássemos
em primeiro lugar a retirada do Requerimento, que passo às suas mãos.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação o Requerimento da Verª Sofia Cavedon. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação o Requerimento de autoria do Ver. Ibsen Pinheiro solicitando que seja
considerado sem efeito o Requerimento de sua autoria, anteriormente aprovado
pelo Plenário, que solicitava a votação da Redação Final do PR nº 064/06.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa) APROVADO.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Sr.
Presidente, apenas para reafirmar as decisões que nós tomamos na Reunião, eu
gostaria de pedir a atenção de todos os Líderes para que pudéssemos encaminhar
a votação com a maior urgência. Nós havíamos acordado preliminarmente os
seguintes Projetos: PLE nº 004/06, PLL nº 187/06, PLE nº 014/06, o Requerimento
de Urgência s/n desta Vereadora e o PR nº 155/05. Depois, nós passaríamos para
a discussão geral do PR nº 130/05, PELO nº 001/06, PR nº 132/05, PLL nº 192/05,
PLL nº 104/03, PLL nº 179/05, PR nº 125/05, PR nº 111/05, PLL nº 080/06, PLL nº
032/05, PLCL nº 020/05, PLL nº 041/06 e PR nº 041/05, incorporando, inclusive,
a sugestão já apresentada pela Verª Sofia Cavedon.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Excelência, por gentileza, o Ver. João Dib solicita também a votação do
Requerimento nº 136/06.
Em
votação o Requerimento de autoria da Verª Clênia Maranhão, incluindo a votação
do Requerimento nº 136/06, de autoria do Ver. João Antonio Dib. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 0861/06 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 004/06, que declara de utilidade pública a
entidade “Clínica Pública Ser”. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEFOR. Relator
Ver. Adeli Sell: pela aprovação
do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEDECONDH.
Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da COSMAM.
Relatora Ver.ª Mônica Leal: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 18-09-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4285/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 187/06, de autoria do Ver. Ervino Besson, que
declara de utilidade pública a entidade denominada Devoção de Nossa Senhora dos
Navegantes.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia, por força do art. 81 da LOM, em 16-10-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 1188/06 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 014/06, que declara de utilidade pública a
entidade “Associação Hospitalar Moinhos de Vento”.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Carlos Todeschini:
pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM.
Relator Ver. João Carlos Nedel:
pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 27-09-06.
(encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N. 136/06 – (Proc.
N. 4960/06 – Ver. João Antonio Dib) – requer que o Período de Comunicações, no dia
26-10-06, seja destinado a assinalar o transcurso do 80º aniversário do
Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul. (incluído em 18-10-06)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Em discussão o bloco contendo os seguintes Projetos: PLE nº 004/06, PLL nº
187/06, PLE nº 014/06 e o Requerimento nº 136/06. (Pausa.)
Solicito
ao Ver. Luiz Braz que assuma, momentaneamente, a presidência dos trabalhos,
pois desejo encaminhar um dos itens antes da votação.
(O
Ver. Luiz Braz assume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Dr. Goulart está com a palavra para discutir o bloco contendo os Projetos
referidos e o Requerimento nº 136/06.
O
SR. DR. GOULART: Ver.
Luiz Braz, na presidência dos trabalhos, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, um dos pedidos de votação de utilidade pública se refere ao
Hospital Moinhos de Vento. O Hospital Moinhos de Vento é um dos principais
hospitais de natureza privada, é um dos mais fortes hospitais do Sul do País, extremamente
organizado, com uma bela atenção aos seus usuários. Mas as cargas de impostos
sobre esse Hospital privado - como toda a instituição dessa natureza - são
pesadas. E o Hospital procurou se aproximar da isenção das taxas através de
dois pedidos: um de filantropia, entidade filantrópica, e outro de utilidade
pública, que votaremos agora.
A
filantropia já foi alcançada, inclusive com a presença do Ver. Comassetto, lá
em Brasília, quando do julgamento dessa intenção, e hoje há o pedido de
utilidade pública. Significa que esse Hospital deixará de pagar algumas... Pois
não, Vereador?
(Aparte
inaudível do Ver. Claudio Sebenelo.)
O
SR. DR. GOULART: Informa
o Ver. Sebenelo que não foi alcançada a filantropia. Então, senhores, o fato é
que, alcançada ou não, a utilidade pública vai ser votada hoje. Eu acho que nós
devemos votar, mas temos de prestar atenção: o Hospital Moinhos de Vento está
envolvido em algumas ações com a Prefeitura, com a finalidade de alavancar o
SUS. Uma delas é o atendimento 24 horas na Restinga, que substituiu a Ulbra,
assunto do qual falamos muito aqui há dois ou três anos. Está envolvido também
com um atendimento compartimental do câncer de mama, serviço que atende o
câncer de mama exclusivamente na Zona Sul, envolvendo uma pesquisa sobre essa
doença. E, agora, o Hospital se aproxima de isenções importantíssimas.
Acontece
que o Hospital Moinhos de Vento, diferente do Hospital Presidente Vargas, pois
é particular, privado, se comprometeu em levantar, construir e gerenciar o
Hospital Geral da Restinga, para o qual o Prefeito ontem, na Peça Orçamentária
de 2007, destinou - do um milhão de reais que este Vereador designou, em Emenda
Orçamentária, para o início da construção do Hospital, e o Ver. Comassetto
destinou mais outros 400 mil reais com esse mesmo fim - 150 mil reais para
início da infra-estrutura do Hospital. E me informa o Prefeito que a parte já
está feita, agora ele aguarda que o Hospital Moinhos de Vento comece a
construir - depois de adquiridas a filantropia e a utilidade pública - o
desejado, o esperado, o necessário Hospital Geral da Restinga.
A
Restinga é um bairro tão afastado do nosso centro da Cidade, necessita de nós,
Vereadores, um olhar mais profundo; necessita da Saúde um olhar agudo, no
sentido de as pessoas daquela região serem atendidas ali, em um Hospital que
tenha maternidade, que tenha atendimento não tão especializado, um hospital
geral, como a maioria das pessoas está esperando naquela região. Isso sempre
observando e fiscalizando os hospitais privados que gostam muito de exercer a
filantropia fora do Município de Porto Alegre, atendem SUS em outras cidades,
nas praias, e querem se beneficiar disso através das isenções de impostos da
nossa Cidade!
Então,
eu acho que devemos votar a utilidade pública do Hospital Moinhos de Vento com
vista a que ele comece, de imediato, a construir o Hospital Geral da Restinga.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir o bloco contendo os Projetos
referidos e o Requerimento nº 136/06.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, sempre é um prazer saber excelência, Ver. Dr.
Raul, de algumas instituições que prestam trabalhos na área da Saúde. Ontem,
por iniciativa do Ver. João Carlos Nedel, Presidente da Comissão de Saúde e
Meio Ambiente desta Casa, fomos visitar o Hospital Moinhos, estavam presentes a
Verª Mônica, Verª Neuza Canabarro, o Ver. Oliboni, Ver. Nedel e este Vereador.
Nós tivemos uma ampla exposição depois de uma visita prolongada às instalações.
Já sabíamos da excelência do trabalho feito pelo Dr. Frederico Lick, pelo Dr. Flávio Borges e pelo
Dr. João Polanckzyk, Supervisor do Sistema Moinhos de Vento.
A
Associação Hospitalar Moinhos de Vento é responsável pelo posto do Morro da
Cruz, é responsável pela Ilha dos Marinheiros, com um posto modelo, e pelo
posto da Restinga, de atendimento 24 horas, com inestimáveis serviços prestados
àquela população, a qual, sendo de tamanho médio, de uma Cidade de tamanho
médio, não tinha nenhuma estrutura maior de atendimento.
Lá
ficamos sabendo que havia um decreto anulado por um outro decreto, do ano 2000,
anulado por um outro agora, de 2006, em que serão reestudados, através desse
decreto - em nível de Ministério da Saúde, e não mais de gestor municipal -,
todos os Projetos que visam a extensão do atendimento às comunidades, sob visão
do Ministério, com critérios do Ministério da Saúde. Depois dessa apresentação
dos Projetos, eles serão implantados com a ajuda, supervisão e orientação do
Ministério da Saúde.
O
interessante é que lá nós ficamos sabendo que a Associação Hospitalar Moinhos
de Vento, mesmo sem a filantropia e sem a utilidade pública, há dois anos
presta todos esses serviços sem troca. Mas que, agora, deverá haver uma troca
com isenção fiscal, no momento em que, através do Ministério, a Associação
adquirir a filantropia. Porque até hoje não existe nenhum termo - através de
decreto da Presidência da República, através de lei - declarando a Associação
Hospitalar Moinhos de Vento como filantropia, mecanismo pelo qual, por isenção
de impostos, seria encaminhada essa verba de impostos pagos pela instituição, o
que pagaria a manutenção de todos os serviços, com a condição da apresentação
de um Projeto no Ministério.
Esse
Projeto exige 16 Unidades de Saúde da Família, já negociadas; oito Unidades de
Saúde Bucal; um Centro de Excelência Diagnóstica; um Centro de Atendimento
Especializado; um Centro Hospitalar com 134 leitos, sendo que alguns deles
destinados à obstetrícia, e que seriam negociados com a Associação Moinhos de
Vento, não mais pelo gestor municipal, mas pelo Ministério da Saúde. E aí, sim,
depois desse Projeto pronto, começaria a construção e os trabalhos de
implantação de um sistema distritalizado na Zona Sul de Porto Alegre, que
inclusive abraçaria os problemas não só da Restinga, mas dos bairros próximos,
como Belém Novo, Itapuã, Extrema, bairros da Zona Sul, mais chegados aos
limites da cidade de Porto Alegre.
Essa
foi a explanação, e quero aqui invocar o testemunho do Ver. Oliboni, da Verª
Mônica, da Verª Neuza Canabarro e do Ver. Nedel - que não está aí. Esta é a
verdade sobre o assunto, esta foi a exposição feita pelo Dr. João Polanckzyk,
Superintendente do Sistema do Hospital Moinhos de Vento: existem ações sociais
de ambulatório, ações sociais prevendo, inclusive, a construção de hospital não
mais pelo gestor municipal, mas através do Ministério, com projeto aprovado
pelo Ministério da Saúde, por mecanismo desse último decreto, assinado agora no
mês de setembro, e, por fim, depois de toda uma negociação, virá a filantropia.
Aí, então, com a consecução do título de instituição filantrópica, receberão
favores fiscais, e serão beneficiadas diretamente e muito mais rapidamente as
populações que ainda não usufruem desses avanços tecnológicos na área da saúde
e na área da assistência primária, secundária e terciária. Essa é a verdade
sobre esse assunto, que nos foi posta ontem num debate entre toda a Comissão de
Saúde e toda a Direção da Associação Hospitalar Moinhos de Vento, que
exaustivamente nos explicou não só do ponto de vista burocrático, do ponto de
vista jurídico, mas também da estratégia que existe de essa Instituição prover
para a nossa Zona Sul, pela primeira vez na história desta Cidade, um distrito
de saúde. Essa é a idéia chave sobre a assistência na área da Saúde, e, até
agora, segundo o Diretor Superintendente do Hospital Moinhos de Vento, não há
nenhum documento fornecido por nenhuma instituição a respeito da declaração de
Associação Filantrópica Moinhos de Vento. Ainda não existe.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Ver.
Claudio Sebenelo. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o bloco
contendo os Projetos referidos e o
Requerimento n° 136/06.
O
SR. ADELI SELL: Meu caro
Ver. Luiz Braz, na presidência dos trabalhos; colegas Vereadoras, colegas
Vereadores, cidadãos e cidadãs, ontem à tarde, o Sr. Prefeito Municipal esteve
aqui, na Câmara Municipal, e nos entregou a lei do Orçamento anual da nossa
Cidade. Ali consta uma participação da Prefeitura de 150 mil reais para a tão
discutida questão do Hospital da Restinga, uma parceria entre a Prefeitura de
Porto Alegre e o Hospital Moinhos de Ventos, por isso a discussão da
filantropia desse Hospital, para fazer o devido convênio com o Governo Federal,
na figura do Ministério da Saúde. É assim que manda a lei, é assim que deve
proceder a Prefeitura, para que se efetive um hospital nessa parceria
triangulada entre Brasília - Governo Central -, a Prefeitura de Porto Alegre e
uma instituição de prestação de serviços na área da Saúde, como é o caso do
Hospital Moinhos de Vento.
Claro
que nós, Vereadores, Vereadoras, tanto da situação quanto da oposição, e o Sr.
Prefeito Municipal temos o dever - temos o direito, é evidente, mas também e
fundamentalmente o dever - de fiscalizar o processo orçamentário, de fiscalizar
as parcerias, de acompanhar esse tipo de relação, é o que eu sempre fiz e
pretendo continuar fazendo. Portanto eu não teria outra posição senão
acompanhar a proposição de votar favoravelmente, mas deixando bem claro que nós
precisamos acompanhar pari passo o processo, o Projeto; o terreno já
está lá, a Prefeitura tem que resolver o problema dos custos, do pagamento, por
isso os 150 mil reais do Orçamento, não é verdade Ver. João Dib? É assim que
manda a legislação de Porto Alegre.
Mas
eu queria insistir sobre a importância de termos uma casa de saúde na Restinga.
É uma população desguarnecida, é uma população que recebe, a cada ano, tendo
eleições, inúmeras promessas. Jogam-se muitas ilusões para aquela população.
Foi assim no passado, quando se deslocaram comunidades de regiões bem próximas
do Centro para 30 km além de Porto Alegre, num custo muito alto, na época, para
aquele tipo de urbanização, com algumas coisas extremamente duvidosas.
É
lastimável que eu não tenha conseguido ficar, hoje, no Congresso de Direito
Urbano, programado pela Procuradoria do Município, pela Associação de
Procuradores e pela Escola Superior de Direito Urbano, porque lá,
provavelmente, eu conseguiria ver mais e melhor algumas das contradições que
existem no processo de formação urbana da Capital. Mas, independentemente de
como foi - em alguns momentos foi muito malconduzida -, na Restinga existe uma
população imensa de porto-alegrenses, de concidadãos nossos que precisam ter
essa assistência. Por isso vamos acompanhar essa votação, mas deixando claro
que vamos acompanhar pari passu, vamos
fiscalizar, porque esse é o nosso direito e também, evidentemente, o
nosso dever. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado,
Ver. Adeli. O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o bloco
contendo os Projetos referidos e o Requerimento nº 136/06.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; colegas Vereadores e Vereadoras, prezados
assistentes, que bom que este tema do Hospital Geral da Restinga esteja sendo
debatido aqui nesta Casa, inclusive com um conjunto de informações, muitas
delas desencontradas. E quero aqui trazer outras informações para ajudar a
ajustar esse processo.
Primeiro,
quero dizer que vou votar favorável ao Projeto relacionado ao Hospital Moinhos de
Vento. Quando passou lá na CCJ, fiz essa discussão e votei contrário naquele
momento, porque dizia que o Hospital Moinhos de Vento não estava, isso há
quatro meses, cumprindo o Plano de Metas. Aqui há um documento completo sobre o
Hospital Geral da Restinga, e aí gostaria de dizer o seguinte: no dia 30 de
março de 2004, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e o Hospital Moinhos de
Vento aprovaram um Plano de Metas para a construção do hospital-escola, um
hospital geral na Restinga com 130 leitos, mais 16 postos de saúde da família e
15 de saúde bucal, Projeto que deveria ter tido continuidade, sem interrupções,
no ano de 2005 e 2006. O que foi cumprido até o momento? Somente a primeira
etapa, que foi o Hospital Moinhos de Vento assumir o Pronto Atendimento da
Restinga, nenhuma das demais etapas foi executada. Aqui diz, com todas as
letras, qual é a responsabilidade, Dr. Sebenelo, está escrito no Programa de
Metas (Lê.): “Cláusula 2ª, das Metas do Hospital Moinhos de Vento: construção e
operação do Hospital Geral, Policlínica Especialidades e Rede Ambulatorial de
Atenção Primária para cobertura das Regiões Restinga-Extremo Sul do Município
de Porto Alegre”.
Esse debate foi para dentro da Secretaria Municipal
de Saúde, e o então Diretor-Executivo da Secretaria Municipal de Saúde, Dr.
Raul Martins, tinha uma posição contrária a construir qualquer novo hospital em
Porto Alegre. Fizemos vários debates lá naquela Secretaria, e essa posição foi
vencida. O atual Secretário, Dr. Pedro Gus, passou a assumir, assim como o Sr.
Prefeito Municipal, a execução do Hospital Geral da Restinga, passou a assumir,
inclusive, com toda a documentação até então construída. O que passou a alegar
o Hospital Moinhos de Vento? Que o decreto de filantropia havia sido extinto -
o que é verdade -, mas no Plano de Metas, assinado por essa instituição
hospitalar com o Município, em momento nenhum havia referência ao decreto.
Mesmo assim, quero dizer o que foi construído na
Presidência da República: a Ministra Dilma Rousseff coordenou um processo - e
eu quero mostrar aqui não só as matérias dos jornais como a foto do Sr.
Presidente da República - gerenciado pelo ex-Ministro da Saúde Jatene, que
coordenou o processo de construção do decreto que permite a filantropia. Isso
aconteceu no dia 18 de setembro de 2006, há um mês; assinou um decreto dando
filantropia a 13 hospitais do Brasil, sendo dois no Rio Grande do Sul - Moinhos
de Vento e Mãe de Deus. Aqui mostro a divulgação feita pela imprensa local.
(Mostra recorte de jornal.) Claro que esses dois Hospitais, para ter a
regulamentação dos seus processos de filantropia, têm que demonstrar
publicamente e também para o Sistema Único de Saúde que estão executando a
filantropia, porque filantropia significa isenção de muitos impostos.
Então, essa é a sistemática. Ver. Sebenelo, foi
assinado no dia 18 de setembro pelo Sr. Presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva, o decreto de filantropia - passo-o às suas mãos, inclusive estou
com cópias dele -, restituindo o processo de filantropia no Sistema de Saúde no
Brasil.
O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) É o seguinte: a informação do Dr.
João Polenczik, Superintendente, é no sentido de que não existe nenhum
documento assinado pelo Governo Federal em que seja declarada filantrópica a
Associação Hospitalar Moinhos de Vento. Isso foi formalmente dito ontem, não
para mim, para toda a Comissão, e eu quero registrar isso inclusive como
testemunha e não como qualquer coisa de hostilização ao seu raciocínio, de
jeito nenhum.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Com muita
tranqüilidade. Estavam lá em Brasília a representação do Grupo Hospitalar
Moinhos de Vento, bem como...
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Ver.
Comassetto, tendo se inscrito o Ver. Mauro Pinheiro, com a aquiescência do Ver.
Dr. Raul e da Verª Clênia, V. Exª pode usar da palavra por mais cinco minutos.
Marco o tempo de Vossa Excelência.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Agradeço a
gentileza do Ver. Raul e da Verª Clênia. Então, Ver. Sebenelo, o que é que tem de ficar claro aqui?
Que foi constituído um grupo de trabalho nacional. Quem o coordenou? O
ex-Ministro da Saúde Jatene. Ver. Sebenelo, são três as instituições
hospitalares do Brasil que estão enquadradas nesse benefício. Bom, entre elas,
duas aqui do Rio Grande do Sul. E, a partir desse ato que aconteceu no dia 18
de setembro, em que tive a oportunidade de estar presente, o decreto passou a
beneficiar hospitais particulares. E aí é muita isenção de tributos. Porém, com
relação a esses tributos, agora cada grupo tem de demonstrar para que e onde
vão fazer aplicações no Sistema Único de Saúde.
O
Sr. Claudio Sebenelo: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Sr. Presidente, essas
instituições hospitalares - entre elas o Hospital Albert Einstein e o Instituto
de Cardiologia, hospitais brasileiros mais conhecidos - são declaradas
hospitais de excelência. Eles só serão de filantropia quando o Ministério da
Saúde, depois de análise de projetos e de prestação de serviço dessas
instituições, julgar, então, por meio desse novo decreto, se eles podem ou não
ser filantrópicos. Isso foi dito, inclusive, por um advogado e por pessoas que
estavam nessa reunião ontem.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Corretíssimo! Por que isso? Porque o Governo Federal não pode ser bobo e dar
filantropia a uma instituição se ela não comprovar que esteja aplicando os seus
recursos na Saúde Pública. E existem duas formas de um grupo hospitalar como
esse receber a filantropia. A primeira delas é que a entidade, para receber o
certificado de filantropia, deve aplicar, no mínimo, 20% da receita bruta anual
em atendimento gratuito, ou destinar 60% da sua capacidade no Sistema Único de Saúde.
Portanto, no momento em que foi construído o decreto, iniciou-se a
possibilidade de essas instituições comprovarem ao Governo Federal, ao
Ministério da Saúde, que estão em condições de aplicar 60% da sua receita no
Sistema Único de Saúde, ou 20% da sua arrecadação bruta.
E
o que dizia o Hospital Moinhos de Vento? Que não iniciava o Hospital da
Restinga por duas razões - e aqui eu quero trazer o tema para o debate
novamente, são elas: que as contrapartidas do Município não haviam sido
encaminhadas, e que os projetos teriam de ser aprovados Quais são as
contrapartidas do Município? Construir aqui no Plurianual... E nós já incluímos
essa Emenda aqui como dinheiro
para estender os serviços de infra-estrutura, quais sejam, água, luz e
telefone. E aqui, sim, eu falo para a base do Governo: os projetos
arquitetônicos do Hospital Moinhos de Vento ficaram prontos em dezembro de 2004
e estão parados lá na SMOV desde o ano de 2005. Ao retomarmos esse Processo,
este será mais um ponto para colocarmos em Pauta: que esses processos
arquitetônicos do projeto do Hospital da Restinga também vençam as suas etapas
burocrático-administrativas de análise, para que possamos aprová-los.
Portanto,
hoje o nosso voto aqui, declarando de utilidade pública a entidade Associação
Hospitalar Moinhos de Vento, tem de vir ao encontro do Projeto do Hospital
Geral da Restinga.
Para
concluir, conforme eu já disse aqui, eu tenho toda a documentação: o dossiê,
desde o início da sua construção, até a Audiência Pública que houve na
Assembléia Legislativa; o Diário Oficial; os documentos que mostram o Ministro,
junto com o Prefeito Municipal, assinando o ato de posse do terreno que fica
junto à Escola Ildo Meneghetti, lá na Restinga, uma área de 4 hectares.
Creio que
todas as decisões políticas estão construídas, e hoje construiremos mais uma. A
partir daí, é só sincronizar as operações, para que esse equipamento de grande
utilidade pública para Porto Alegre se torne realidade. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Dr. Raul está com
a palavra para discutir o bloco contendo os Projetos referidos e o Requerimento
nº 136/06.
O SR. DR. RAUL: Sr. Ver. Luiz Braz, na presidência dos trabalhos,
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores e todos que nos assistem, eu, como
médico participante desse processo há alguns anos, vejo que este é um momento
muito importante que se avizinha com referência ao tema “utilidade pública” e,
posteriormente, ao que se refere à filantropia da Associação Hospitalar Moinhos
de Vento, que é uma entidade da nossa Cidade que já prestou e presta serviços
para inúmeras pessoas e com grande qualidade. O sistema público de saúde
necessita com urgência dessa parceria bem efetivada. Isso já foi falado pelos
colegas aqui, é uma coisa que está muito próxima e que depende, em grande
parte, também, da nossa Câmara Municipal de Vereadores.
Acreditando que nós vamos conseguir estabelecer
esses critérios, fazer com que a Restinga realmente seja beneficiada com esse
Hospital, pelo qual já batalhamos há alguns anos, e por esses vários
equipamentos que envolvem os programas de saúde da família, em que a Associação
Hospitalar Moinhos de Vento já tem demonstrado alguma inserção como nas ilhas
do Guaíba, como no Partenon, eu acho que isso tem que ser uma coisa mais rápida
e deve ser efetivada com mais rigor pelo Executivo, pelo nosso Legislativo
Municipal e pela própria Associação Hospitalar Moinhos de Vento. Espero que
todos nós possamos construir esse processo, que eu acredito que já esteja
bastante avançado. Nós vamos hoje aprovar - é assim o desejo do PMDB também - a
utilidade pública para a Associação Hospitalar Moinhos de Vento. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Clênia
Maranhão está com a palavra para discutir o bloco contendo os Projetos
referidos e o Requerimento nº 136/06.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, gostaria de fazer
aqui uma intervenção a respeito do tema a que o Dr. Raul já referiu, a fim de
que as pessoas que nos acompanham pelo Canal 16 e as pessoas que aqui nos
prestigiam com suas presenças possam entender sobre o que estamos tratando
neste momento.
Estamos tratando de um Projeto de Lei que foi
enviado a esta Casa pela Prefeitura de Porto Alegre, pelo nosso Executivo
Municipal; é um Projeto que busca declarar de utilidade pública a Associação
Hospitalar Moinhos de Vento, responsável pelo Hospital Moinhos de Vento. Qual é
a importância disso? Por que isso? Porque, desde 2004 - pena que o Ver. Carlos
Comassetto não esteja aqui -, ainda no Governo passado, Governo do Ver.
Comassetto, foi firmado um contrato entre a Prefeitura e o Hospital Moinhos de
Vento para tratar da questão da Restinga. Aliás, isso foi muito usado na
campanha eleitoral. Mas nada saiu do papel!
Nada saiu do papel!
Quando
assumiu o Governo, dentro do espírito de buscar parcerias nas soluções
históricas dos problemas da Cidade, preocupada em ampliar os equipamentos, os
instrumentos de atendimento da população da Restinga, a nossa Administração
iniciou um processo de discussão com o Hospital Moinhos de Vento, envolvendo,
inclusive, o Governo do Estado, as entidades do setor, procurando uma solução
para esse impasse, que já se arrastava há muitos e muitos anos e que ainda não
tinha sido resolvido concretamente.
Inclusive
o próprio Governador do Estado e o Prefeito José Fogaça estiveram em negociação
em Brasília, na busca, exatamente, de uma questão que é importante para o
Hospital Moinhos de Vento, que é a construção de um decreto que dá a
filantropia para os hospitais. Por que isso é importante? Porque atualmente,
pela lei, há duas formas de uma entidade receber certificado de filantropia: ou
ela aplica, no mínimo, 20% da receita bruta anual em atendimento gratuito, ou
destina 60% da sua capacidade em serviços ao SUS. Então, a Prefeitura de Porto
Alegre se comprometeu, e está cumprindo o seu compromisso, de fazer várias
articulações no sentido de que isso aconteça, e a contrapartida do Hospital é
exatamente a de cumprir aquilo que já havia sido acordado, inclusive, com o
Governo passado, com a implantação do Hospital da Restinga.
Entre
as negociações, havia a solicitação de que a Prefeitura de Porto Alegre - o
Ver. Sebenelo conhece bem isso - encaminhasse um pedido de Declaração de
Utilidade Pública à Câmara de Porto Alegre, e é isso que nós estamos fazendo
neste momento. Eu acho que a Câmara Municipal de Porto Alegre, a Prefeitura, o
Governo do Estado, o Governo Federal, a Direção do Hospital Moinhos de Vento,
as instituições de filantropia que tratam disso têm a responsabilidade, têm a
obrigação de dar a sua contribuição e não transformar essa discussão, como foi
há dois anos, num móvel de debates eleitorais.
A
Restinga é uma cidade, do ponto de vista numérico; é um bairro de Porto Alegre
maior do que a maioria dos Municípios do interior do Estado. Portanto, é
fundamental o fortalecimento das instituições, inclusive das instituições de
saúde, na Restinga, porque é lá que a população tem que ser atendida.
Então,
nós estamos aqui dando mais um passo nessa luta, nesse caso do Projeto enviado
pela Prefeitura de Porto Alegre, e eu acredito que é sobre isso que nós temos
que discutir aqui, sobre qual é a nossa contribuição, a do Parlamento, neste
momento. Não é fazer disputas de paternidade, é votar imediatamente a utilidade
pública, para que esse processo possa avançar com mais rapidez.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir o bloco contendo os
Projetos referidos e o Requerimento nº 136/06.
O
SR. ALDACIR OLIBONI:
Nobre Presidente, Ver. Luiz Braz; colegas Vereadores e Vereadoras, público que
acompanha o Canal 16, eu creio que é de extrema importância também dar alguns
esclarecimentos, até porque a Comissão de Saúde e Meio Ambiente esteve ontem na
Restinga, mais precisamente no Pronto Atendimento da Restinga, onde o Hospital
Moinhos de Vento faz o atendimento. Essa unidade hospitalar tem um custo
financeiro de trezentos mil reais mensais para manter o Pronto Atendimento da
Restinga. E nós estamos discutindo aqui duas coisas: uma é o futuro Hospital, e
a outra, que está na Pauta de hoje, é transformar o Hospital Moinhos de Vento
em entidade de utilidade pública.
Eu
sempre tive uma enorme restrição pessoal em transformar uma grande empresa, um
grande hospital - poderia até dizer que não teria um cunho social tão
importante - em entidade de utilidade pública, o que não é o caso, em tese, do
Hospital Moinhos de Vento. No caso da Ulbra, que, no ano passado, foi declarada
de utilidade pública, eu tive enorme restrição e votei contra. O Hospital
Moinhos de Vento, hoje, desenvolve várias atividades no Estado. Uma delas é o
Pronto Atendimento na Restinga, a outra é no Morro da Cruz, e a outra, se não
me engano, é na Ilha dos Marinheiros. Mas isso é suficiente? Não é suficiente.
O Hospital Moinhos de Vento, pelo seu porte, pelo seu faturamento, pelas
informações que nós temos, deveria despender do seu faturamento mais de vinte
milhões de reais anuais para ter o direito de ter a filantropia. Essa, então, é
uma coisa. A outra coisa é transformar em utilidade pública para continuar
recebendo isenções e recursos do Governo Federal, Estadual e Municipal.
Então,
temos de distinguir aqui as coisas. Por um outro lado, nós percebemos que o
Hospital Moinhos de Vento, que hoje controla o Pronto Atendimento da Restinga,
deveria ter, no mínimo, conforme o contrato, bem levantado pelo Ver.
Comassetto, 16 postos de saúde, 16 unidades de saúde hoje funcionando. E tem
apenas seis na região e não atende a demanda, evidentemente. É por isso que há
uma enorme necessidade de que o Hospital seja construído urgentemente.
O
que nós ouvimos ontem é que foi concedida, sim, a filantropia; mas não há um
projeto para, no ano que vem, após as eleições, fazer a regulamentação do projeto.
E na regulamentação do projeto é que estará dito quem vai construir o Hospital,
se é o Moinhos de Vento ou se é a parceira com o Governo Federal, Estadual e
Municipal.
O Governo Municipal, na Peça Orçamentária, que chegou ontem, como o Ver. Adeli Sell aqui falou, destina 150 mil reais para começar. Cento e cinqüenta mil reais é o que custa a terraplanagem do Hospital! Nós temos que entender que, para construir um hospital são necessários, no mínimo, dez, vinte milhões de reais! Para manter um hospital com o quadro funcional e com 130 leitos funcionando, no mínimo, são necessários três milhões de reais mensais. Quem vai pagar a conta, pessoal? Isso está muito confuso! Nós estamos confundindo duas coisas, então vamos discutir a questão atual, que é a transformação do Moinhos de Vento em utilidade pública e depois solicitar ao Hospital Moinhos de Vento uma Audiência Pública para que possamos, então, sugerir, enquanto Vereadores, enquanto Câmara, que esse seja um projeto bem elaborado e que atenda a necessidade da Zona Sul, que é o Hospital da Restinga.
É
nesse sentido que a Comissão de Saúde fez a visita ontem, e meio que se
assustou com a coisa. Realmente, está muito confuso! Nós queremos que o
Hospital Moinhos de Vento assuma a responsabilidade: enquanto não for
construído o Hospital, que esse recurso direcionado à isenção da filantropia
seja para construir o Hospital, e, num prazo exíguo, num prazo mínimo, esse
dinheiro, depois, seja destinado à manutenção do Hospital. Esse é o caminho.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Muito
obrigado, Vereador.
Registramos
a presença dos Vereadores de Erechim: Carlinda Poletto Farina, Luiz Deonísio de
Brito e Ernani Mário Coelho de Mello. (Palmas.)
O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o bloco contendo os
Projetos referidos e o Requerimento nº 136/06.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
público presente e assistência do Canal 16, venho a esta tribuna também fazer a
minha manifestação. Pela CEDECONDH e pela CCJ, no ano passado, tive a
oportunidade de ser Relator, e nós tivemos aqui a unanimidade da Bancada do
Partido dos Trabalhadores apoiando a Declaração de Utilidade Pública à entidade
Associação Hospitalar Moinhos de Vento.
É
importante a discussão que está se fazendo, porque está vinculada à viabilidade
da implantação do Hospital da Restinga a questão da utilidade pública. Um
conjunto de elementos bastante importantes é o que fundamenta a concessão do título
de utilidade pública, portanto viabilizando elementos necessários para o
conjunto do projeto. E nós fizemos o Relatório por tratar-se de uma associação
constituída no território do Município de Porto Alegre, de caráter
assistencial, que objetiva promover a saúde, a qualidade de vida das pessoas,
praticando a excelência em Medicina, por meio de assistência integral; por ter
personalidade jurídica comprovada por Certidão do Cartório de Registro
Especial, constante no Processo administrativo; por estar em pleno e regular
funcionamento; pelos cargos de sua Diretoria não serem remunerados, conforme
disposição estatutária; e, ainda, por ser a entidade registrada no Conselho de
Assistência Social, obrigatoriedade imposta pela Lei nº 8.161, de 18 de maio de
1998, por meio de acréscimo do artigo que determinou a renumeração dos artigos
seguintes da Lei nº 2.926, de 1996. Por tudo isso, nós encontramos todos os
fundamentos para, de forma tranqüila, de forma, digamos assim, correta e
meritória, fazer a aprovação do Parecer que foi dado por unanimidade também
pelas outras Comissões, para a concessão do título de utilidade pública a essa
Instituição.
É
visto, é sabido que isso vai autorizar, Ver. Oliboni, V. Exª também é morador
do bairro Partenon, um incremento nos serviços de Saúde, tão necessários e tão
carentes em nossa Cidade. Sei que há uma crise enorme na Saúde, há
manifestações, há greves, há paralisações, envolvendo uma forte ação da
comunidade e dos profissionais, que não estão mais suportando. Evidentemente,
nós aqui, enquanto Bancada, enquanto Partido dos Trabalhadores, estamos fazendo
a nossa parte, criando as condições para que o Município possa viabilizar
melhores e maiores condições de atendimento à Saúde.
Então,
é nessa direção que venho aqui, em conjunto com os demais integrantes da minha
Bancada que se manifestaram - Ver. Adeli, Ver. Oliboni, Ver. Comassetto -,
falar dessa direção: que estamos de acordo com o Projeto, porque ele vem
desencadear uma série de ações benéficas, necessárias, importantes para a Saúde
Pública do Município de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o bloco contendo os
Projetos referidos e o Requerimento nº 136/06.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Ver.
Luiz Braz, Vice-Presidente da Casa, na presidência dos trabalhos; Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, o Projeto do Executivo que declara de utilidade
pública a entidade Associação Hospitalar Moinhos de Vento, do ponto de vista da
sua formalidade, evidentemente está devidamente formalizado nos seus aspectos
constitutivos, mas fica a discussão em torno da importância da Declaração de
Utilidade Pública de uma instituição médico-hospitalar que goza de excelência
de qualidade pelos serviços que presta à sociedade gaúcha. Envolve também um
braço que seria e que evidentemente será a construção de uma unidade hospitalar
nesse Bairro que poderíamos chamar de bairro-município, que é o da Restinga,
porque, se nós examinarmos a distância da Restinga ao Centro de Porto Alegre,
ao núcleo de Porto Alegre, vamos ver que a Restinga fica mais distante do que
Canoas, mais distante do que Guaíba, mais distante do que Gravataí. Então,
vejam o que joga toda aquela população, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, em termos
de buscar as necessidades, mormente hospitalares, e que carregam a
emergencialidade, Dr. Raul. Quando se fala em saúde, quando se fala em
Medicina, deve-se falar na emergencialidade, que é questão, vamos dizer assim,
Ver. Claudio Sebenelo, preventiva, e, como se diz, a doença não espera, ela tem
que ser prontamente atacada.
Então,
nós temos exatamente esta situação: a Declaração de Utilidade Pública, que
abrirá caminhos a outros avanços, como questão ligada a outros fatores que
concorrerão para que o Hospital tenha um tratamento especial, além da utilidade
pública.
Portanto,
trata-se de um Projeto, diríamos, do ponto de vista da análise formal, sem
dificuldades, e acresce exatamente criarmos objetivamente as condições de
utilidade pública para que ele possa se expandir, principalmente na área do
bairro-município, se assim podemos chamar, que é a Restinga, que tem do Centro
de Porto Alegre distância maior do que a Grande Porto Alegre: Alvorada, Canoas,
Guaíba.
Portanto,
fica aqui, Presidente, a nossa manifestação evidentemente de apoiamento à
matéria, que se nos afigura gozar de tranqüilidade do ponto de vista da
aprovação. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o bloco contendo os
Projetos referidos e o Requerimento nº 136/06.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, ao término desta
Sessão, vou pedir uma cópia da Ata da Sessão para que eu possa enviá-la ao
livro Guinness, de recordes, porque esta Sessão está batendo recordes.
Eu
tenho nove mandatos de Vereador, já votei dezenas, centenas de Declarações de
Utilidade Pública; já votei dezenas, centenas de leis revogando a utilidade
pública ao longo de todo esse tempo, mas nenhuma vez vi discutirem, e hoje eu
vi o Plenário desfilando na tribuna para discutir. É verdade que são três as
Declarações de Utilidade Pública, uma delas de iniciativa do Legislativo, que
trata da Festa de Navegantes, que ocorre há mais de uma centena de anos. Mas
parece que há uma preocupação em registrar a presença, especialmente no
contraditório que está acontecendo, todos são favoráveis! Nenhum traz uma nova
informação!
Mas
peço, portanto, Sr. Presidente, uma cópia, porque acho que vou registrar esta
Sessão no livro Guinness, de recordes, nunca vi tanta gente falando de uma
coisa sobre a qual todos concordam, mas todos falam. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir o bloco contendo os
Projetos referidos e o Requerimento nº 136/06. (Pausa.) Ausente. O Ver. Mario
Fraga está com a palavra para discutir o bloco contendo os Projetos referidos e
o Requerimento nº 136/06.
O
SR. MARIO FRAGA: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
público que nos assiste pela TVCâmara, peço licença, então, ao Ver. João
Antonio Dib. Eu também sou um dos que já estão há algum tempo nesta Casa,
inclusive tive outro mandato, e jamais vim a esta tribuna, Ver. Luiz Braz, para
discutir um Projeto que torna de utilidade pública uma entidade. Mas, Ver. João
Antonio Dib, como a maioria dos Vereadores subiu à tribuna, eu também fiz
questão de vir falar um pouco, até porque, como V. Exª disse, com nove mandatos
nunca tinha visto uma coisa dessas.
Por
trás disso, Sr. Presidente, está uma comunidade carente, pobre e necessitada,
Ver. João Antonio Dib, então não é por causa do Hospital Moinhos de Vento; o
Moinhos de Vento está pouco se lixando para o que nós estamos discutindo aqui,
o Hospital Moinhos de Vento pouco tem a ver com a nossa Casa. Agora, neste
momento, o Ver. Claudio Sebenelo fala que não... No bom sentido, Vereador,
desculpe-me, retiro as últimas palavras. Quero dizer que, aprovando ou não, com
certeza, não temos nada contra a instituição Hospital Moinhos de Vento, contra
a Associação Moinhos de Vento.
Quero
dizer que, no sentido figurativo, Ver. Claudio Sebenelo, que conhece tão bem a
nossa região, o pano de fundo é a Restinga, são os votos da Restinga, é o nosso
povo, é o povo tão necessitado da Restinga. Com o Ver. Dr. Raul, hoje temos
três médicos Vereadores na Casa. Todo o mundo sabe...
(Aparte
anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O SR. MARIO FRAGA: “Charlatão”, Ver. João Bosco Vaz, para
não dizer “ratão”!
Mas,
Ver. João Antonio Dib, o que eu queria dizer e deixar marcado neste discurso é
que, infelizmente, a nossa TVCâmara chega muito pouco à Restinga. Eu gostaria
que o povo da Restinga - principalmente os eleitores - estivesse assistindo a
este programa, porque a Restinga existe há muito tempo, e não há hospital lá.
(Aparte
anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O
SR. MARIO FRAGA: E agora
tudo isso está se criando por causa do Projeto de Declaração de Utilidade
Pública. E os outros? Principalmente este último Governo que esteve no poder
por dezesseis anos, por que não fez o Hospital da Restinga? Essa é a pergunta
que eu deixo no ar.
Agora,
infelizmente, a TVCâmara não chega à Restinga; chegam lá só os discursos: “Eu
estive na tribuna e briguei pelo hospital, eu vou fazer o hospital!”. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir o bloco de Projetos e o
Requerimento nº 136/06.
O
SR. RAUL CARRION: Exmo.
Ver. Luiz Braz, demais Vereadores e Vereadoras, aqueles que nos acompanham aqui
e pelas suas casas através da TVCâmara, a Bancada do PCdoB não poderia deixar
de vir aqui para opinar a respeito do que parece uma questão irrelevante,
segundo o Ver. Dib: a Declaração de Utilidade Pública da Associação Hospitalar
Moinhos de Vento.
Eu
creio, Ver. Mario Fraga, que aqui seja pela importância, na cidade de Porto
Alegre, do Hospital Moinhos de Vento, uma instituição hospitalar que não sei há
quantos anos já existe, inclusive eu tive a particularidade de haver nascido
nesse Hospital, por morar ali perto. É uma entidade de grande credibilidade,
muito séria, muito eficiente, que desenvolve também um trabalho através da
Associação Hospitalar, um trabalho sério, de cunho social em uma região
bastante distante, como já foi dito, bastante relegada.
Aliás,
Ver. Mario Fraga, que colocou de forma interrogante, seria interessante
perguntar por que surgiu a Restinga a 25 quilômetros do Centro de Porto Alegre,
depois de passarmos por vazios urbanos, uma região em que foi jogada uma parte
da população pobre de Porto Alegre. A Restinga foi criada durante o regime
militar, quando a visão de segregação geográfica era a política imperante, de
certa forma era limpar a Cidade dos pobres. Do ponto de vista urbanístico, não
se sustenta, mas criou-se: a 25 quilômetros do Centro de Porto Alegre foi
criada a Restinga. E a Restinga precisa ter todo um carinho, todo um
acompanhamento, que os serviços para um bairro tão distante cheguem lá.
E
uma entidade privada, uma associação que faz esse trabalho merece o nosso
reconhecimento, merece que a Cidade de Porto Alegre lhe dê a Declaração de
Utilidade Pública. Nós assinamos o Parecer do Ver. Todeschini que destaca a
relevância do trabalho da Associação Hospitalar Moinhos de Vento. Então, eu
acho que nós, ao declararmos de utilidade pública essa entidade, não estamos só
ajudando a Restinga, demonstrando a preocupação desta Casa pela Restinga,
estamos certamente - porque a continuidade desse trabalho, a viabilização passa,
Ver. Dib, por isso aqui - reconhecendo o trabalho sério, valoroso, correto da
Associação Hospitalar Moinhos de Vento.
Por
isso encaminhamos - na verdade ainda não é encaminhamento, é discussão - e
discutimos favoravelmente este Projeto. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em
votação o bloco contendo os seguintes Projetos: PLE nº 004/06, PLL nº 187/06,
PLE nº 014/06 e mais o Requerimento nº 136/06, de autoria do Ver. João Antonio
Dib, que requer que o período de Comunicações do dia 26 de outubro seja
destinado a assinalar o transcurso do 80º aniversário do Instituto dos
Advogados do Rio Grande do Sul. (Pausa.) O Ver. Ervino Besson está com a
palavra para encaminhar a votação do bloco contendo os Projetos referidos e o
Requerimento nº 136/06.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, público do Canal 16, público das galerias, temos aqui o Projeto de
Lei do Executivo que declara de utilidade pública a Associação do Hospital
Moinhos de Vento. Sem dúvida nenhuma, é um relevante trabalho social,
levando-se em conta todas as dificuldades da Saúde nos dias de hoje. Temos de
votar favoravelmente, apoiando essas instituições para que elas possam dar um
atendimento cada vez melhor para o nosso povo, tão sofrido e necessitado. Tenho
certeza de que a Casa será favorável ao Projeto.
E
o outro Projeto declara de utilidade pública a Devoção a Nossa Senhora dos
Navegantes. Acho que todos os colegas conhecem essa entidade, que presta um
relevante trabalho social, além de, em todos os dias 2 de fevereiro, termos
aquela grande festa, que é a Procissão Nossa Senhora dos Navegantes, em que
milhares e milhares de pessoas se fazem presentes para acompanhar a caminhada
de Devoção a Nossa Senhora dos Navegantes, que navega nos rios, nos mares e nos
ares, para que o nosso povo possa ter maior tranqüilidade; é um momento de fé,
um momento de gratidão à nossa extraordinária Santa que é a Nossa Senhora dos
Navegantes.
E
mais: este Projeto é de minha autoria, declarando a Devoção a Nossa Senhora dos
Navegantes de utilidade pública, entidade que presta todo esse trabalho
relevante e também tem lá tem um albergue. Eu faço aqui um convite aos nossos
colegas Vereadores, pois talvez muitos não conheçam o Albergue da Nossa Senhora
dos Navegantes: que façam uma visita ao albergue e tenham condições de
verificar com os seus próprios olhos o trabalho que é feito por essa
comunidade. Um trabalho sem muito alarde, sem muita propaganda. Isso é o que é
importante. Por meio do trabalho dessas pessoas, diariamente, dezenas e dezenas
de pessoas são recolhidas durante a noite, tomam um banho, recebem uma
refeição, recebem o café da manhã e muitas vezes até uma muda de roupa para que
possam ter, pelo menos naqueles momentos, uma qualidade de vida mais digna. É
esse o trabalho que presta a Devoção a Nossa Senhora dos Navegantes, juntamente
com a sua Diretoria, o provedor Aldo Besson, o Juarez, o Padre Remi, enfim,
toda aquela comunidade que se envolve nesse relevante trabalho social.
Tenho
certeza de que todos os Vereadores e Vereadoras, daqui a poucos minutos, vão
votar este Projeto, e será para a Devoção da Nossa Senhora dos Navegantes, sem
dúvida nenhuma, uma grande ajuda, para que eles tenham inclusive melhores
condições de receber ajuda de órgãos públicos. Portanto, peço, em nome daquela
comunidade, o voto favorável para que a Devoção a Nossa Senhora dos Navegantes
receba esse benefício de Declaração de Utilidade Pública. Desde já, em nome
daquele grupo de pessoas - também o Aldo pediu que eu transmitisse um
agradecimento aqui a todos os colegas, Vereadores e Vereadoras, e a maioria de
vocês participa da caminhada da Nossa Senhora dos Navegantes -, eu deixo um
abraço daquela comunidade, porque os Vereadores que leram o Projeto viram a sua
finalidade e votarão pela sua aprovação. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação do bloco
de Projetos e o Requerimento nº 136/06.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Exmo. Presidente, Srs. Colegas, encaminho, em nome do Partido da Frente
Liberal, esta votação que concede Declaração de Utilidade Pública à Clínica
Pública Ser e à entidade denominada Devoção a Nossa Senhora dos Navegantes. Sou
testemunha da importância de essas entidades beneficentes terem o título de
utilidade pública municipal, pois presido o Grêmio de Sargentos Geraldo
Santana, clube que também é possuidor dessa Declaração. Isso fortalece as
entidades, faz com que elas próprias tenham mais respeito quanto aos objetivos
do trabalho e ao carinho com que desenvolvem suas missões humanitárias.
Quanto
à concessão da utilidade pública à Associação Hospital Moinhos de Vento, lembro
que foi um Projeto da gestão anterior e que a Administração atual, do Prefeito
Fogaça, honrou, numa grandeza política, manteve a doação da área. Foi colocado
que o Hospital precisaria de milhões e milhões para a sua edificação, mas o
ilustre colega talvez não tenha lido os acordos da época da Administração do
PT, em que cabia ao Município a doação e a infra-estrutura da área. Esse era o
pacto com o Hospital Moinhos de Vento para a concessão da utilidade pública,
para que pudesse buscar em Brasília a concessão de um título mais relevante,
caberia a construção e a colocação dos equipamentos necessários ao
funcionamento do Hospital lá na Restinga.
É
um desafio da cidade de Porto Alegre, porque o Brasil sente-se órfão da criação
de hospitais nesta nova República. É importantíssimo esse Hospital, pela sua
localização geográfica, mas, principalmente, para que possamos ter um
atendimento melhor a esse universo da população de Porto Alegre. A Prefeitura,
com isso, está fazendo a sua parte. E cabe a nós hoje, aqui, fazermos a nossa
parte também, de, nessa conversação, concedermos esse título de utilidade
pública à Associação Hospitalar Moinhos de Vento. A nossa Bancada votará
favoravelmente, pelo mérito de termos mais um hospital, cobrando do Hospital
Moinhos de Vento que, através dessa concessão, ele leve à frente esse Projeto e
faça de vez prevalecer o acordado, premiando a nossa Cidade com uma saúde mais
digna à sua população. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado,
Ver. José Ismael Heinen.
Eu
quero lembrar aos Srs. Vereadores que, no caso do PLE nº 004/06, há a Emenda nº
01, de Relator. Quero que V. Exas atentem, pois, quando estivermos
votando os Projetos em bloco, essa Emenda será votada logo após.
O
Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação do bloco
contendo os Projetos referidos e o Requerimento nº 136/06.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
trata-se do encaminhamento, em bloco, dos três Projetos de utilidade pública já
mencionados. Tivemos a oportunidade aqui de analisar a questão da utilidade
pública no Hospital Moinhos de Vento. E agora, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, restam algumas considerações no que respeita a autoria do Ver.
Ervino Besson, que declara de utilidade pública a entidade denominada Devoção a
Nossa Senhora dos Navegantes, que tem um trabalho pastoral e também um trabalho
no campo social. Eu encaminho, Sr. Presidente, exatamente no sentido óbvio e
evidente da aprovação.
Trata-se de uma festa já integrada às comemorações
de Porto Alegre, a Festa dos Navegantes, considerada, pelo número que reúne e
devotos que carrega, a maior festa religiosa do Estado. O dia 02 de fevereiro é
feriado municipal, dia em que a Santa é levada do santuário para a Igreja de
Nossa Senhora dos Navegantes, numa integração espiritual, religiosa, social, da
qual a população pobre de Porto Alegre participa ativamente, não somente da
procissão como das festividades que lá se desenvolvem.
Fica aqui, Presidente, apenas e tão-somente como
registro taquigráfico a nossa manifestação, dizendo da importância da
festividade para a Cidade. Há vinte anos, juntamente com outros Vereadores e
principalmente com o autor da iniciativa, Ver. Ervino Besson, participamos da
procissão; neste ano infelizmente não pude participar em face de doença de um
familiar próximo, mas já faço há vinte anos a procissão. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do bloco contendo os Projetos
referidos e o Requerimento
nº 136/06.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; colegas Vereadores e colegas Vereadoras, prezados
senhores e senhoras ouvintes, quero aqui, em nome do Partido dos Trabalhadores,
dizer que a nossa Bancada votará a favor do bloco de Projetos que declara de
utilidade pública um conjunto de entidades. Conversava há pouco com outros
colegas Vereadores e lhes dizia como é importante, no momento em que declaramos
de utilidade pública uma entidade, não só fazermos a Declaração, mas também
acompanharmos a vida útil dessas entidades para verificarmos sua prestação de
contas ao Executivo, se está cumprindo e merecendo o recebimento desse título
de entidade de utilidade pública.
A segunda fala que trago, representando a nossa
Bancada, é, sim, sobre o PLE nº 014/06, que declara de utilidade a Associação
Hospitalar Moinhos de Vento. Quero aqui fazer algumas afirmações principalmente
sobre a política desconectada feita aqui pelo representante do Partido
Democrático Trabalhista, que acusou a nossa Administração de nada ter feito na
área da Saúde na Restinga. Queremos dizer que a grande discussão que está se
fazendo hoje é graças não só ao Projeto do Hospital da Restinga... Esse Projeto
foi elaborado e executado pela Administração Popular, ficou pronto para esta
Administração dar continuidade, bem como ficaram prontos o convênio e o Plano
de Metas, assim como o destino da área, isso foi feito em 2004. É lógico que
nós não concluímos, porque esse é um processo para cinco anos. E, quando
trazemos aqui com persistência essa discussão, Vereadores e Vereadoras,
inclusive apresentando Emendas, aprovando-o no Plano Plurianual, destinando
recursos no Orçamento, e para este ano de 2006 há 450 mil reais gravados... Nós
não podemos deixar passar esses próximos dois meses sem utilizar esses recursos
para o Projeto.
Por isso tem que ser dito aqui... E é diferente,
sim, do que foi dito há trinta anos por alguns administradores que iriam
construir a Restinga com escolas, com ginásios, com canchas cobertas, com
hospital, com sistema de transporte. Por isso a comunidade luta até hoje.
Portanto, para qualquer projeto que tenha o intuito
de beneficiar aquela comunidade ou qualquer outra comunidade da periferia, nós
temos que ter a justeza de reconhecer o que é bem-feito, inclusive pelas
Administrações passadas. É o caso da Administração da Frente Popular, que
deixou o Projeto pronto. Portanto, isso é o que foi feito, avançou o convênio.
A Associação Hospitalar Moinhos de Vento assumiu a primeira etapa, já fazendo o
Pronto Atendimento do Posto de Saúde da Restinga. Não avançou nada do que
estava especificado em 2005 e em 2006.
Por último, Ver. Mario Fraga, política se faz com
discursos e com ações. Nós fazemos isso! O Presidente da República Luiz Inácio
Lula da Silva assinou no último dia 18 o decreto dando filantropia, que vai
permitir que definitivamente o Projeto da Restinga saia. Mas o responsável pela
gestão chama-se Executivo Municipal de Porto Alegre. Nós apoiaremos todas as
iniciativas para que o Projeto realmente aconteça, somos aliados nessa
construção e fazemos a nossa parte. Assim como também vimos a esta tribuna
fazer as críticas necessárias aos processos e aos projetos, mas queremos que
seja reconhecida, com justeza, a parte que a oposição faz, tanto o PT quando o
PCdoB, quando faz os projetos andarem, resolvendo a nossa parte, pelo menos do
ponto de vista das relações políticas que podemos construir e ter em nível
municipal, estadual e federal, quando for o caso.
Nesse sentido, Sr. Presidente, o voto da Bancada do
Partido dos Trabalhadores, com a construção que estamos fazendo nesses
processos, é favorável aos Processos aqui apresentados de utilidade pública.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do bloco contendo os
Projetos referidos e o
Requerimento nº 136/06.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, nós estamos agora
encaminhando a votação de três Projetos de Declaração de Utilidade Pública. Eu
disse que eu iria para o livro de recordes, o Guinness, acho que agora vou com mais razão. Mas isso se eu
começasse a contar a história de como nasceu a Restinga.
Numa tarde quente de 1967, às três horas, o
Prefeito Célio Marques Fernandes autorizou o Diretor do Departamento Municipal
da Casa Popular - não era DEMHAB - a comprar um terreno para lá levar 140 casas
que estavam em risco, mas comprou uma área maior porque o preço era irrisório.
Eu não posso entender; já falaram do Ministro Adib Jatene, já falaram do
Presidente Lula, mas não falaram no Prefeito José Fogaça, que é quem está
fazendo acontecer a coisa agora. Eu acho que nós temos que votar. Ninguém falou
contraditoriamente, ninguém
contrariou a votação de utilidade pública. Eu nem sei se somam alguma coisa a
quantidade de pronunciamentos que foram feitos aí. Tenho absoluta convicção de
que não, não somam nada.
Nós
vamos votar, já foi pedida a votação nominal, e todos vão votar “sim”. Saúde e
PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para encaminhar a votação do bloco
contendo os Projetos referidos e o Requerimento nº 136/06.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, evidentemente o PSDB - inclusive eu ouvi do
Ver. Luiz Braz - vai votar a favor deste Projeto. Agora, o que ficou flagrado,
ontem, na visita ao Posto de Saúde da Restinga, é que não há nenhum documento,
no Brasil, que confira filantropia à Associação Hospitalar Moinhos de Vento.
Isso foi dito formalmente pelo Sr. Superintendente do Hospital Moinhos de
Vento, Dr. João Polanczyk. Tenho o testemunho da Verª Mônica Leal, da Verª
Neuza Canabarro, do Ver. Aldacir Oliboni, que estavam presentes lá, do Ver. João
Carlos Nedel, de que o que existe...
E
aí, então, nós vemos por que o Partido dos Trabalhadores tem este problema, por
que está perdendo, gradativamente, os seus processos no Município e no Estado:
porque há arrogância, é dita alguma coisa, é publicada, difundida e divulgada,
mas, depois, vemos que isso não coincide com a realidade. Eles vêm à tribuna,
inclusive depois de dezesseis anos, mesmo sem ter feito absolutamente nada pela
Restinga. E quero lembrar aos colegas que o Distrito Industrial da Restinga até
hoje está lá, desértico e adormecido, por favor! Então, vir à tribuna e dizer
que foi assinada a concessão da condição de filantropia à Associação Moinhos de
Ventos, lamentavelmente, não coincide com a realidade. Foi dito formalmente
pelo Diretor-Superintendente da Associação Hospitalar Moinhos de Vento que não
há documento confirmando a filantropia. Esse assunto será decidido pelo
Ministério da Saúde, pois ele não está mais com o gestor municipal, não está
mais na SMOV. Terá de haver uma outra arquitetura, um outro projeto integrado,
e muito maior, porque não se trata mais de um Hospital da Restinga, mas do
Distrito de Saúde da Restinga, ou seja, houve a distritalização de um sistema
que inclui Programa de Saúde da Família, um Programa primário, um secundário e
um terciário, Sr. Presidente.
Dessa
forma, eu quero dizer que, mesmo algumas pessoas se adonando do
conferencista-convidado, na verdade, nós temos que começar esse processo do
zero, porque, realmente, não é fácil ver uma comunidade com tanta necessidade
e, ao mesmo tempo, ver tanta gente disputando, de uma forma não muito
condizente, os interesses dessa comunidade, a primazia e o patrocínio de algo
que não é de nenhum Vereador, não é desta Casa, mas, sim, de uma sociedade
inteira, especialmente do povo da Restinga, que tem de ser respeitado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em votação o bloco contendo os referidos
Projetos e o Requerimento nº 136/06. Os Srs. Vereadores que os aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 004/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Antes de colocar em votação o próximo
Requerimento, participo aos senhores que recebemos uma comissão em nosso
Gabinete composta por carroceiros e catadores. Os homens e mulheres dessa
comissão que nos procurou, junto com a Verª Sofia e o Ver. Nereu, estavam
inconformados com a tramitação de um Projeto, de um dos Vereadores, que retira
absolutamente as carroças da Cidade. Eles mostraram - o que nos deixou muito
sensíveis - o grande problema social que isso traria sem grandes ajustes ou
adequações. A Presidência é sensível a isso, mas, não desconhecendo que existem
outros interesses de parte da sociedade para que se retirem as carroças,
promoverá uma grande audiência pública em que as comunidades todas, todas
interessadas, dentro do contraditório, irão se manifestar. Em seguida, se
continuará um estudo desse interesse de discussão a pleno, um estudo profundo
desse assunto, que também nos diz respeito, porque somos representantes desses
homens e mulheres através da criação de uma Comissão Especial, em que se
debaterá a fundo o problema dos carroceiros e dos catadores de Porto Alegre,
inclusive ouvindo proposições para novas políticas públicas, dentro desse
setor, que serão encaminhadas também ao Executivo. Então, esse foi o motivo da
ausência do Presidente.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, eu pergunto se aquele Prefeito que declarou que a coleta seletiva
do lixo em Porto Alegre se devia à presença das carroças também será convidado
para essa Audiência Pública?
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Todos,
Excelência, todos os que se manifestarem e que tiverem interesse virão
apresentar suas razões para que, dentro do contraditório, se tire a razão.
Obrigado.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. s/n. (Ver.ª
Clênia Maranhão) – requer Regime de Urgência para o PLCE 005/06 -
Processo N. 4249/06, que altera as Leis
Complementares nº 07, de 07 de dezembro de 1973, e 534, de 28 de dezembro de
2005. (IPTU/recurso; Tribunal Administrativo de Recursos Tributários do
Município - TART) (incluído em 04-10-06)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação o Requerimento s/nº da Ver. Clênia Maranhão que solicita Regime de
Urgência para o PLCE nº 005/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 7126/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 155/05, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que inclui § 1º,
renumerando os demais, no art. 102 da Resolução n. 1.178, de 16 de julho de
1992, e alterações posteriores (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre), excluindo do anúncio dos projetos
e substitutivos a cópia das proposições.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- votação nos termos do
art. 126 do Regimento da CMPA;
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art.
82, § 1º, II, da LOM;
- incluído na Ordem do
Dia em 07-08-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação nominal, solicitada por esta Presidência, o PR nº 155/05. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por 25 votos SIM.
Anuncio a presença do prezado Ver. Jurandir Pereira, do PTB de Rio Grande. Nossa saudação, Vereador. (Palmas.)
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte)
3ª
SESSÃO
PROC.
N. 5558/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 130/05, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que altera a Resolução n.
1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores, acrescentando ao
inciso III do art. 216 a expressão ou pilcha gaúcha, após a expressão traje
passeio completo.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator
Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM.
Relatora Ver.ª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- discussão geral nos
termos do art. 126, § 1º, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 05-06-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão, em 3ª Sessão, o PR nº 130/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir.
Encerrada a 3a Sessão de discussão.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
N. 0967/06 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N. 001/06, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que altera
a redação do caput do § 6º, inclui §§ 8º e 9º e renumera o atual § 8º
para § 10, todos do art. 121 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre,
modificando os prazos para encaminhamento dos projetos relativos à Lei de
Diretrizes Orçamentárias e ao Orçamento Anual, a partir do segundo ano de cada
Legislatura. Com Emenda n. 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relatora Ver.ª
Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver.
Raul Carrion: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- discussão geral nos
termos do art 129 do regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do
Dia em 21-08-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão, em 2ª Sessão, o PELO nº 001/06. (Pausa.) Não há quem queira
discutir.
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 5581/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 132/05, de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon, que regulamenta o
funcionamento das audiências públicas convocadas pelas Comissões Permanentes e
Temporárias da Câmara Municipal de
Porto Alegre. Com Emenda n. 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Almerindo Filho: pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda n. 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. João Bosco Vaz: pela rejeição do Projeto e da Emenda n. 01;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01.
Observações:
-
incluído na Ordem do Dia em 07-08-06;
-
adiada a votação por uma Sessão.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. João Bosco Vaz, o PR nº 132/05. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) São 09 votos SIM, 04 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES. Não
há quórum para concluirmos a votação.
Não há quórum mínimo necessário para continuarmos a Sessão, inclusive não há quórum para a votação, então esta votação fica para a próxima Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 17h11min.)
*
* * * *